Por, Dante Quadra
Encerra nesta sexta-feira (31) em mais de 4 mil quilômetros de fronteiras, a 9° edição da Operação Ágata. A ação do Exército começou no último dia 22 de julho, em conjunto com Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal e órgãos de segurança estaduais e municipais. A 9° edição da Operação Ágata foi a primeira a usar o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron).
O fim desta edição foi anunciado na quinta-feira (30) durante a visita à Foz do Iguaçu do ministro da Defesa Jaques Wagener, que acompanhou as ações dos militares em pontos estratégicos da fronteira, como o pedágio de São Miguel do Iguaçu, principal caminho de entrada terrestre para Foz. O ministro ainda sobrevoou a área de fronteira urbana entre Foz e Cidade do Leste, no Paraguai, consideradas as mais populosas cidades de fronteira da América do Sul. Estima-se que nesta região vivam cerca de 1 milhão de pessoas.
Durante os nove dias de operação, os militares também estiveram presentes na fronteira brasileira com a Argentina. Em Foz do Iguaçu, homens do Exército fiscalizaram a entrada e saída de pessoas pela aduana da Ponte Internacional Tancredo Neves. Neste mês de julho, cerca de 40 mil pessoas passaram diariamente entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, a maioria turistas aproveitando as férias de inverno.
O Exército ainda deverá divulgar o resultado total da operação nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Comércio
Os comerciantes de Cidade do Leste atribuem à Operação Ágata a queda ainda maior nas vendas, já afetada pela alta cotação do dólar em relação ao real. De janeiro a junho deste ano, o Ministério do Trabalho do Paraguai registrou o fechamento de cerca de mil lojas no lado paraguaio da fronteira. Na última semana de julho, a Federação Comercial do Alto Paraná divulgou uma queda de 60% nas vendas.
