A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná realizou na segunda-feira (27) a Operação Partenon, com o objetivo de prender duas quadrilhas especializadas em explosão de caixas eletrônicos. Vinte e uma pessoas foram presas e outras três morreram durante confronto com a polícia.
Com os suspeitos foram apreendidos um fuzil, uma espingarda, pistolas 9mm, calibre 45 e calibre 22, um revólver calibre 22 e um calibre 38, munições diversas, colete balístico, máscara de gás e R$ 3 mil. Além disso, a quadrilha também tinha uma farda da Polícia Militar, que utilizava para cometer alguns crimes.
A ação ocorreu simultaneamente nos municípios de Campo Mourão, Barbosa Ferraz, Cianorte, Umuarama, Engenheiro Beltrão, Jussara, Cidade Gaúcha, Araruna e Maringá. Mais de 170 policiais civis e militares estão nas ruas cumprindo 24 mandados de prisão e outros 35 de busca e apreensão que foram expedidos pela Justiça de Paraíso do Norte.
De acordo com o Secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, a polícia estava investigando a quadrilha há mais de quatro meses e sabia que os suspeitos poderiam reagir no momento da abordagem. “Durante esta ação tivemos equipes com equipamento e treinamento adequado já prevendo uma situação de possível confronto. A polícia já sabia o grau de periculosidade dos alvos e se preparou para isso”, explicou. Ele disse que vai haver apuração específica em cada caso das mortes durante o confronto. “Não dá para falar de maneira genérica mas são indivíduos de alta periculosidade, armados e já haviam proferido disparos contra guarnições policiais”, disse ele.
“Estas quadrilhas são responsáveis por, no mínimo, 16 roubos a caixas eletrônicos e um grande roubo no estado de São Paulo”, afirmou o secretário. Eles também seriam responsáveis por assaltos em Terra Boa, Cianorte e Urupês – São Paulo. Já as explosões cometidas ocorreram nos municípios de São Carlos do Ivaí, Tamboara, Mirador, Paraíso do Norte, Iretama, Quinta do Sol, Douradina, Jussara, Corumbataí do Sul e Araruna.
UNINDO FORÇAS – Segundo a polícia, antes desta operação, outros treze integrantes da quadrilha já tinham sido presos, dentre eles o suspeito de comandar o grupo, detido por roubar um carro em Curitiba em março deste ano.
O delegado-adjunto da Subdivisão de Cianorte, Carlos Gabriel Stecca, confirmou que a operação teve início em março deste ano. “Essa ação processa a última fase da operação. Houve as explosões dos caixas eletrônicos do banco do Bradesco em São Carlos do Ivaí, então a gente acabou unindo forças com outras unidades para realizar esta força-tarefa com o sentido de elucidar a autoria desses crimes, que aconteceram não só na nossa região, mas em toda a região Noroeste”, concluiu.
De todos os mandados de prisão apenas um não foi cumprido e o suspeito continua foragido. “A polícia continuará investigando o caso para conseguir efetuar a prisão deste suspeito” confirmou o delegado Stecca.
Para o coronel Samir Elias Geha comandante do 3º Comando Regional da Polícia Militar de Maringá esta ação mostra a preocupação com a segurança da população paranaense. “Nós demos a resposta a altura para a criminalidade como sempre. Obrigada ao secretário pelo comprometimento e competência em nos dar todo um aparo para que nos pudéssemos dar esta resposta que o país inteiro estava esperando”, falou.
A operação contou com equipes do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), Batalhão de Operações Especiais (Bope), Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e Força Especial de Repressão Antitóxico (Fera).
AEN