Na manhã de terça-feira, 2, o vereador Dilto Vitorassi, PV, participou do programa Contraponto na Rádio Cultura onde falou sobre a volta do projeto que prevê aumentar o número de cadeiras no legislativo iguaçuense.
No final do ano passado o projeto foi apresentado, mas houve muita repercussão negativa por parte da população que se posicionou contrária ao aumento. Com a pressão popular o projeto foi retirado da pauta.
No entanto, os vereadores voltaram a se reunir para debater o projeto e solicitaram o apoio do vereador Dilto Vitorassi que na época votou contra o projeto justificando que não deveria aumentar o número de vereadores sem cortar cargos e reduzir gastos da casa de Leis.
O vereador conta que foi presidente do legislativo no ano de 2001 e 2002 e na época eram 21 vereadores. O numero diminuiu para 14 devido a uma emenda do Congresso Nacional e depois aumentou para 15 devido ao aumento populacional da cidade. “O problema é que esse projeto virou uma discussão camuflada, pois não leva a informação correta à população”, disse o vereador.
Segundo Vitorassi, o problema não esta no aumento de vereadores, e sim no alto gasto de cargos nomeados, atualmente, no legislativo. O vereador conta que a Câmara de Vereadores de Foz tem 32 funcionários Concursado, 63 assessores e 48 funcionários sendo que 15 destes são cargos nomeados que recebem R$ 8 mil por mês.
“Deveríamos cortar, pelo menos, 12 cargos desses 15 cargos nomeados e economizaríamos aproximadamente R$ 170 mil mês no legislativo”, disse o vereador, ressaltando que destes 15 cargos, apenas o Secretário de Imprensa, Gabinete e Diretor Geral são indispensáveis, “os demais deveriam ser cortados”.
Cada cargo nomeado, segundo o vereador, recebe R$ 8 mil, mais o 13º salário, férias e aplica 38% de encargos sociais, “fazendo a conta por cima, apenas estes cargos custam quase 200 mil mês na Cârama”, observou. Além disso, o vereador citou ainda as Funções Gratificadas onde cada profissional ganha cerca de R$11 mil mês de salário. “Essa é a econômica que deveria ser, no mínimo, aplicada”, disse Vitorassi.
Vitorassi ressaltou, ainda, que o legislativo chega a ter aproximadamente 140 funcionários. “Essa quantidade de funcionários é um absurdo, não tem nem onde sentar na Câmara”, ressalvou, pedindo atenção à sociedade para este debate.
“Os vereadores não podem ser o tabu. O problema esta nos custos em cargos que não fazem sentido para o verdadeiro trabalho do legislativo”, Finalizou.