Por assessoria
Nesta terça-feira (02), pelo menos 13 diretores presentes em reunião promovida pela chefia do Núcleo Regional de Educação reafirmaram que só enviarão as faltas quando a greve da categoria for encerrada e houver negociação por parte do governo. Os diretores também explicaram que esta postura respeita o pedido da comunidade escolar, tanto de educadores que estão em greve como de pais e alunos que participaram das reuniões promovidas nas escolas e na Praça do Mitre e que mantêm apoio à greve.
Ao deixarem a reunião no NRE, os diretores de escolas foram saudados com a palavras de ordem “nos representam!”, entoadas por dezenas de colegas professores, pedagogos e funcionários em greve, que recepcionaram os gestores dos estabelecimentos de ensino em frente ao órgão educacional.
Manifestaram publicamente a posição de não ceder à pressão do governo os diretores dos seguintes colégios: Bartolomeu Mitre, Ayrton Senna, Gustavo Dobrandino da Silva, Paulo Freire, Flávio Warken, Carlos Drummond, Camilo Paganoto, Barão do Rio Branco, Carimã, Almirante Tamandaré, Almiro Sartori, Cataratas do Iguaçu e Costa e Silva.
“Essa postura dos diretores mostra a união da categoria e a nossa disposição em continuar a luta em defesa da escola pública. Iniciamos essa greve coletivamente, pois as condições nas escolas se tornaram caóticas e os ataques do governo aos direitos dos educadores ficaram insuportáveis. Por isso, a greve só termina por decisão coletiva, quando o governo atender a pauta de reivindicações”, enfatiza Diego Valdez, secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz.
Para os dirigentes sindicais, a postura de integrantes do NRE de Foz do Iguaçu adotada nos últimos dias tem refletido a intransigência do governo, que prefere o exercício da pressão e não a busca do diálogo. Além de tentar persuadir diretores de escolas para o envio de faltas dos servidores em greve, os representantes locais do Governo do Estado na área da educação têm utilizado a imprensa para promover entre a população a desinformação e a dúvida sobre o retorno às aulas.
“Lamentamos que a truculência e a mentira também estejam presentes nos municípios. Órgãos que deveriam contribuir para a estabilidade e a harmonia entre os trabalhadores da educação reproduzem as práticas do governo de atacar, pressionar e tentar dividir a categoria”, diz Cátia Ronsani de Castro, secretária de Formação Política Sindical da APP-Sindicato.
Os educadores de Foz do Iguaçu e região consideram que o posicionamento da chefia do NRE revela que o órgão não passa de um entreposto do governo, muito longe das finalidades de zelar pelo bom funcionamento das escolas, pelo respeito e a integração entre os servidores da educação.