A Polícia Militar do Paraná usou 2.323 balas de borracha na ação contra os manifestantes que protestavam por causa de um projeto do governo do estado que tratava de mudanças na previdência dos servidores, durante ato em Curitiba, há exatamente 30 dias. A informação está no ofício do governo do Paraná encaminhado ao Ministério Público de Contas. O documento foi divulgado hoje (29) pela própria promotoria. A ação da polícia deixou mais de 200 pessoas feridas, entre elas professores.
De acordo com os números, em média, foram disparadas aproximadamente 20 balas de borracha por minuto nas duas horas da operação policial. A ação da polícia gerou um custo para os cofres públicos de R$ 948 mil, gastos com equipamentos e munições e com diárias pagas a policiais que se deslocaram do interior do estado para Curitiba, segundo o documento.
Os professores protestavam na frente da Assembleia Legislativa contra mudanças na previdência dos servidores estaduais. Segundo o ofício, 1.661 policiais participaram da operação, dos quais 855 vieram de municípios do interior.
A polícia usou ainda, contra os manifestantes, 1.094 granadas de efeito moral e 300 projéteis de gás lacrimogênio, de acordo com o ofício. O documento nega que policiais tenham sido presos por se recusarem a participar da ação.
O Ministério Público de Contas solicitou as informações porque pretende investigar a legalidade e legitimidade das despesas na operação. Já o Ministério Público Estadual apura eventuais excessos no episódio.
Procurado pela Agência Brasil, o governo do Paraná não se manifestou. Anteriormente, o governador Beto Richa afirmou, em comunicado nas redes sociais, que a violência foi “lamentável sob todos os lados”.
Agência Brasil