Servidores técnicos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) entraram em greve na sexta-feira (29), por tempo indeterminado. Os servidores se juntam a paralisação a nível nacional, pedindo melhores condições de trabalho e estrutura.
Com as obras do campus paralisadas, a Unila funciona em prédios em diferentes regiões de Foz do Iguaçu, o que, segundo os funcionários, dificulta o trabalho. Além do problema de estrutura, os servidores pedem a flexibilização do horário de trabalho, para que mais cursos possam ser oferecidos no período noturno.
Os servidores informaram que pelo menos a metade dos serviços serão afetados com a greve. Devem continuar funcionando de subsídio para alunos de outras cidades e atendimentos na secretaria. Os docentes ainda não decidiram se deverão aderir à paralisação.
Nacional
As universidades federais da Bahia e do Oeste do Pará aderiram hoje (29) à greve que, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes de instituições de Ensino Superior (Andes-SN), já mobiliza 20 instituições públicas de ensino superior. O movimento, que envolve professores e trabalhadores técnico-administrativos de vários estados, começou ontem (28) e é por tempo indeterminado.
Os profissionais querem pressionar o governo federal a ampliar os investimentos na educação pública. Entre as reivindicações, estão a reestruturação da carreira e a reposição de 27% das perdas salariais.
Os docentes aprovaram a greve no dia 16 de maio, durante reunião do Andes-SN, em Brasília. Na lista de instituições mobilizadas, estão a Universidade Federal Fluminense e as federais de Alagoas, Sergipe, do Tocantins, Pará, Amapá e de Lavras (MG).
Os trabalhadores técnico-administrativos decidiram pela greve em plenária nacional na segunda-feira (25). Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), na última reunião com o governo, no dia 22 de maio, foram apresentadas posições que “efetivamente não acatam a centralidade” das demandas dos trabalhadores.
Para a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa 11 sindicatos, o momento não é para a paralisação.
O Ministério da Educação (MEC) criticou a decisão pela greve, alegando que não houve um amplo diálogo prévio. Por meio de nota, representantes da pasta informaram que a deflagração do movimento agora só faria sentido “quando estiverem esgotados os canais de negociação”.
Com EBC