Dois atos públicos marcam o início da greve dos técnicos-administrativos da UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) nesta sexta-feira, 29. Na primeira ação, os servidores se concentram na unidade da Vila A, onde está a Reitoria, a partir das 7 horas da manhã. Mais tarde, às 10 horas, na Praça do Mitre, se unem aos professores estaduais, que também estão em greve. A atividade conjunta será em solidariedade aos docentes, que relembram a agressão que sofreram há exatamente um mês, no Centro Cívico de Curitiba.
Com uma extensa pauta de reivindicações, a greve segue uma mobilização que alcança todo o país e se baseia em questões financeiras, de carreira e de valorização do ensino superior público. No âmbito nacional, a paralisação por tempo indeterminado busca, além melhorar educação, chamar a atenção para as crises política e econômica. Além disso, alerta para os sucessivos riscos impostos aos trabalhadores recentemente, como a PL 4330, que permite a terceirização de forma praticamente irrestrita e ameaça o funcionalismo público. A esse golpe, se somam ainda as Medidas Provisórias 664 e 665, que diminuem o acesso da classe a conquistas históricas como o seguro-desemprego, auxílio-acidente e a pensão por morte.
Em todo o Brasil, os trabalhadores buscam ainda a reposição de 27,3%, referentes a perdas em razão da inflação acumulada desde janeiro de 2011 a julho de 2016 e a adoção de uma data-base para a categoria, em 1º de maio. Entre outras reivindicações, faz parte da pauta nacional também a correção de distorções na carreira além da adoção de uma jornada de trabalho estendida, permitindo que os técnicos atendam a comunidade acadêmica também à noite. Com isso, seriam adotados turnos de seis horas diárias, totalizando 30 horas semanais de trabalho.
Apoio
A programação das atividades do dia 29 foi deliberada em Assembleia dos técnicos nessa quinta-feira, considerada a maior desde a criação da UNILA, há cinco anos. Na primeira ação, na Vila A, os técnicos participam de um encontro, onde receberão informes do movimento. No segundo compromisso, além da concentração na Praça do Mitre, os servidores caminharão pelas ruas de Foz do Iguaçu até a sede do Ministério do Trabalho (MTb). A adesão dos servidores da UNILA é uma forma de apoiar os professores estaduais contra os ataques aos direitos trabalhistas promovidos pelo governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e contra a precarização do ensino e dos direitos trabalhistas como um todo.
Assessoria