Os educadores promoveram vigília no calcadão em frente à unidade da Receita Estadual, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira (22). Com faixas, panfletos e a exposição de fotos Mural da Vergonha, o grupo distribuiu informativos entre a população, denunciando a negativa do governo em negociar com a categoria para o fim da paralisação.
Conforme investigação do Ministério Público do Paraná, a campanha de reeleição do governador Beto Richa teria recebido R$ 2 milhões desviados da Receita Estadual. As denúncias surgiram durante delação de um auditor fiscal da cidade de Londrina.
O secretário Mauro Ricardo Costa, da Fazenda, também foi lembrado durante o protesto no prédio da Receita Estadual. Ele é um dos principais defensores da política de Beto Richa que prega transferir para os trabalhadores a conta da quebradeira financeira do Estado, promovida pelo atual governo. À imprensa, Mauro Ricardo chegou a defender “reajuste zero” para os servidores.
“O que a greve está trazendo à tona é a verdade sobre o governo e administração estadual. Na campanha, Beto Richa dizia que o Estado tinha ótima saúde financeira. Agora vemos que este governo quebrou o Paraná. Também estão surgindo os escândalos envolvendo diretamente o governador e membros de sua família. Queremos que tudo seja investigado”, enfatiza Cátia Ronsani de Castro, diretora da APP-Sindicato/Foz.
Os educadores iguaçuenses entendem que há recursos estaduais para o pagamento dos direitos da categoria, como o piso nacional e a reposição da inflação (data-base), já que os secretários de Beto Richa e os deputados estaduais já tiveram aumento de salários em 2015. Também vale destacar o auxílio-moradia concedido pelo governo aos membros do TCE, no valor R$ 4.300,00, bem acima do valor de R$ 887,34, salário inicial de um Agente Educacional I.
Por assessoria