Em Assembleia Extraordinária Regional, realizada no sábado (16), professores, pedagogos e funcionários de escolas que integram a APP-Sindicato/Foz definiram pela ampliação da mobilização e das atividades de greve.
Os educadores aprovaram uma agenda de ação para toda a semana, que prevê atos públicos, reuniões com pais, diretores de escola e estudantes, panfletagens e a instalação do Varal da Vergonha, mostra de fotografias sobre o massacre de 29 de abril, ocorrido no Centro Cívico.
Durante a assembleia, também foi avaliado o atual momento da paralisação, que alcança a quarta semana. Para os trabalhadores, o governo está deixando transparecer a falta de compromisso com a educação, marca da atual gestão que tem conduzido ao desmonte da escola pública.
Para os servidores, o Governo do Estado não vem cumprindo os acordos resultantes das greves da educação realizadas em 2014 e 2015. Agora, o governador Beto Richa descumpre todas as leis, como a que institui o piso salarial e a da data-base, que impõe reajuste na medida da inflação a todas as categorias profissionais.
“O governador recorreu à violência para tentar acabar com a greve. Sem apresentar qualquer proposta, tomou a decisão unilateral de não negociar mais com os trabalhadores. São sinais de que o governo não está preocupado com a escola pública e nem com os alunos paranaenses que estão sem aula”, diz Fabiano Severino, presidente da APP-Sindicato/Foz.
Os participantes da assembleia também demonstraram indignação em relação ao conteúdo da campanha publicitária. Para os educadores, o governo usa recursos públicos para veicular peça que causam confusão nas informações, com o interesse de deixar a população contra o funcionalismo público.
“Faltam recursos para a educação, mas sobra dinheiro para a publicidade. Entretanto, a população nos apoia pois conhece a realidade das escolas onde estudam os seus filhos, sabem da precariedade e da falta de estrutura que prejudica a aprendizagem dos adolescentes e jovens”, explica Cátia Ronsani de Castro, secretária de Formação Política e Sindical.
GREVE GERAL
Frente à decisão do governo de não negociar com os trabalhadores, a união de diversas categorias do funcionalismo poderá deflagar a greve geral no
Paraná. Na próxima terça-feira (19), acontece o Ato Unificado dos Servidores do Paraná, que irá reunir mais de 100 mil pessoas, em Curitiba.
“As escolas e universidades estão paradas. Vários segmentos do funcionalismo não encontram respostas a suas reivindicações. A greve geral é cada vez mais possível, já que o governador Beto Richa desconhece o diálogo, fazendo uso apenas da intimidação, da truculência e da violência na relação com os servidores paranaenses”, reforça Diego Valdez, secretário de Organização da APP-Sindicato/Foz.
Para fortalecer o ato na Capital do Estado, a APP-Sindicato/Foz dispõe de ônibus para o deslocamento dos educadores. O grupo retorna a Foz do Iguaçu ao final do ato.
SEGUNDA-FEIRA | 18/05
Tarde, às 13:30h
– Panfletagem na região do Porto Meira
Tarde, às 17h
– Reunião com diretores/as de escolas, na Praça do Mitre.
Noite, às 19:30h
– Reunião com a comunidade escolar de colégios da região de Três Lagoas.
TERÇA-FEIRA | 19/05
Manhã e Tarde
– Panfletagem nos bairros e regiões próximas à comunidade escolar de cada escola. Os horários serão definidos pelos comandos de greve dos respectivos estabelecimentos de ensino.
Manhã, às 9h
– Ato Unificado dos Servidores do Paraná – Curitiba
QUINTA-FEIRA | 21/05, às 19h
– Reunião com os pais e responsáveis de alunos, na Praça do Mitre.
SEXTA-FEIRA | 22/05
– Indicativo de Assembleia Estadual da categoria. Se houver negociação com o governo, a assembleia será convocada para a avaliação e deliberação da proposta.
TODOS OS DIAS DA SEMANA | 18/05 a 22/05
– Panfletagens nas comunidades e na região central.