Quem atravessou a fronteira entra o Brasil e o Paraguai, pela Ponte Internacional da Amizade, nesta terça-feira (12), não teve problemas com trânsito e as demoradas filas entre um lado e outro. Com o dólar cotado na casa dos R$ 3 e a crise econômica brasileira, as lojas paraguaias tem registrado fraco movimentos nos últimos meses. Os que ainda buscam o comércio da fronteira, preferem as grandes lojas de departamento.
Comerciantes das ruas de Cidade do Leste encontraram uma alternativa para driblar a crise econômica e diversificar as vendas, focando no público interno. Em uma tentativa de atrair novamente os compristas, camelôs instalados na Avenida Monsenõr Rodrigues promovem uma semana de descontos.
Segundo os micro-comerciantes, as vendas aumentaram nos últimos dias com o consumo interno, sendo que, hoje, os principais compradores são os paraguaios. A iniciativa surgiu com a crise que atrai um consumidor cada vez mais seletivo e limitado na hora de comprar.
Perla Berdún, uma das comerciantes do local conhecido como “Terceira Etapa”, onde se concentram a maior parte dos vendedores de vestuário, cama, mesa e banho, informou que com a atual condição a única forma de competir é com bons preços. Placas expostas sobre os produtos chamam a atenção dos clientes, que podem optar comprar produtos da temporada passada e que não foram vendidos, por um preço abaixo do mercado.
Berdún, que trabalha a 25 anos no centro de Cidade do Leste, ressaltou que a iniciativa da liquidação veio em boa hora e que as vendas são positivas. “Esperamos que isso se repita, estamos vendendo muito bem. É um grande alívio e estamos pagando nossas contas”, disse.
Fonte: Diário Vanguardia