Representantes da direção da APP – Sindicato reuniram-se em Curitiba, com a secretária de Estado da Educação, Ana Seres, para conversar sobre a retomada das aulas, abono das faltas no mês de maio e demais questões dos profissionais da educação.
A reunião foi realizada na sede da Secretaria, na Vila Izabel, e durou cerca de duas horas. Participaram, além da secretária e dos dirigentes sindicais, responsáveis pelas áreas de Recursos Humanos, jurídica e infraestrutura da Secretaria, além da direção e chefia de gabinete.
A categoria apresentou suas solicitações relativas à realização de novo concurso público para professores e funcionários, aumento da hora-atividade, remuneração de professores temporários, salários e aposentadorias. Todos esses temas serão avaliados pela secretária e demais áreas do governo, como é o caso da data-base dos servidores do Estado.
Ana Seres reiterou a disposição da Secretaria em dialogar com os servidores da Educação. Ela reforçou o apelo pela volta às aulas, em benefício aos estudantes. “Vamos trabalhar com integração e diálogo para mostrar que é possível executar um ensino de qualidade”, disse.
A secretária já havia anunciado na quarta-feira (06) que encaminhou ao governador Beto Richa um pedido de suspensão dos descontos das faltas nos salários neste mês de maio.
O pedido de suspensão dos descontos no salário se deve ao fato de que nem todos os diretores repassaram os relatórios com as ausências aos Núcleos Regionais de Educação, e alguns educadores teriam descontos já neste contracheque, e outros não. Para evitar tratamento desigual, a secretária pediu a suspensão das faltas, por enquanto.
Segundo a secretária, os descontos serão rediscutidos a partir da folha de junho. “Isso ainda depende do entendimento da Justiça em relação à greve”, esclareceu Ana Seres. “Considerando nosso sistema de folha de pagamento, não seria justo só lançar parte das faltas, uma vez que há uma discussão judicial em torno da questão”, explicou.
NOVO CALENDÁRIO
Para compor o novo calendário escolar, já afetado pela primeira paralisação, a secretária afirmou que é necessário o fim da paralisação, pois só assim é possível o cálculo de dias de aula a serem repostos. Ela disse que vai ouvir os Núcleos Regionais de Educação (NREs) para estudar alternativas, entre elas utilizar a semana das férias de julho, e talvez os sábados. Também serão ouvidos técnicos da Secretaria da Educação e representantes da categoria.