Ouça o que diz o Comtur:
O presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Licerio Santos, explica que há um acordo desde 2002 com a migração da Argentina que criou o corredor turístico que facilita o acesso de carros de turismo e taxistas brasileiros e argentinos na aduana Brasil/Argentina.
Porém, houve uma mudança de chefia na migração argentina, e foi criado um instrumento legal determinando que continuasse com o corredor turístico, mas que ao refazer o cadastramento existiria uma taxa a ser cobrada dos veículos brasileiros, de turismos e táxis brasileiros e argentinos.
O valor do documento, anual, seria de mil pesos para ônibus, 750 pesos para van e 500 pesos para veículos pequenos. Além disso, o documento prevê uma taxa, para carros brasileiros, de 200 para entrar e mais 200 pesos para sair da Argentina. “É um valor muito alto, é preciso rever essa proposta”, disse Licerio.
Santos ressaltou ainda, que taxistas argentinos procuraram representantes do Contur e Sindtur para desenvolver um documento e entregar à chefia da migração pedindo a suspensão imediata desta taxa. “Ela afeta todo o segmento turístico que já não anda bem”, finalizou.
Segundo o presidente do Sindtáxi em Foz, Marcílio de Oliveira Martins, representantes argentinos querem instalar uma “praça de pedágio” para brasileiro que querem visitar a argentina pela ponte Tancredo Neves. Para Martins, o projeto vem na contramão do desenvolvimento turístico da tríplice fronteira. “Eles querem acabar com o corredor político e isso afeta diretamente a cidade deles”, disse Martins.
Ele ressaltou, ainda, que duas reuniões já foram agendadas, mas nenhum representante da Argentina compareceu. “Eles não querem dialogo, e se continuar assim, vamos fechar a ponte em manifesto”, finalizou.