Os servidores técnicos e professores das universidades estaduais do Paraná continuam em greve. As entidades sindicais ainda não foram notificadas de decisão judicial que determina o retorno imediato das atividades. Segundo o sindicato da categoria, 100% das instituições estão integradas ao movimento que tem a adesão dos Diretórios Centrais dos Estudantes das universidades.
A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior do Oeste do Paraná, Francis Guimarães Nogueira destaca que em razão da não notificação das entidades sindicais não existe assembleia marcada para a categoria. Ela destaca o fato da grave não ter sido considerada ilegal.
Segundo a vice-presidente todas as representações sindicais, das sete universidades, deverão ser notificadas da decisão da justiça e que, enquanto isso, os técnicos e professores manterão apenas as atividades essenciais nas instituições.
Os grevistas são contrários a proposta do governo de unir o fundo previdenciário ao financeiro transferindo para o saldo da previdência para o caixa geral do Estado. “Existe um parecer da AGU (Advocacia Geral da União) considerando esta proposta inconstitucional”, destaca Francis.
Sobre o projeto de autonomia financeira as entidades denunciam que o governo pretende tirar de sua responsabilidade o ensino superior. “As universidades já tem autonomia de gestão e financeira. O que projeto tenta retirar as responsabilidades do Estado” argumenta.