A Assembleia Legislativa do Paraná recebeu na semana passada sete projetos para a criação de novas regiões metropolitanas no estado, que já possui oito metrópoles. Segundo os deputados, a instituição dessas regiões facilita a vinda de recursos para os municípios que as compõe.
Já na primeira semana em que assumiram os cargos, os deputados estaduais Claudia Pereira (PSC) e Chico Brasileiro (PSD), além do Professor Lemos (PT), propuseram a criação da Região Metropolitana de Foz do Iguaçu.
O presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), defende a criação de uma região metropolitana em Francisco Beltrão e 27 municípios. O deputado Nelson Luersen (PDT), Guto Silva, Nereu Moura (PMDB) e Ademar Traiano, defendem também a região metropolitana de Pato Branco, com 15 cidades.
O deputado Jonas Guimarães apresentou um projeto de criação de uma Região em Cianorte, com nove municípios. E o deputado Tião Medeiros, pedindo a Região de Paranavaí, com 15 municípios. Bernardo Carli (PSDB) e Artagão de Mattos Leão Júnior (PMDB), pedem a criação da Região de Garagpuava, com 24 municípios e o deputado Plauto Miro a Região de Ponta Grossa.
O Paraná possui atualmente oito regiões metropolitanas, as Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Umuarama, Campo Mourão, Toledo e Apucarana. Para que uma Região Metropolitana seja criada, um projeto de lei precisa ser apresentado na Assembleia Legislativa, onde será discutido e votado em primeira e segunda discussão. Após a tramitação no legislativo, o projeto segue para o Executivo, onde o governador pode sancionar ou vetar a criação.
O que é
Uma região metropolitana consiste em uma área composta por um núcleo urbano densamente povoado e por suas áreas vizinhas menos povoadas. Este aglomerado urbano partilha indústrias, infraestruturas e habitações. As áreas metropolitanas geralmente são oficializadas por legislações locais e compreendem várias jurisdições e subdivisões diferentes, como municípios, bairros, distritos, cidades, condados e até mesmo estados. Conforme as instituições sociais, econômicas e políticas mudaram, as áreas metropolitanas se tornaram regiões econômicas e políticas fundamentais.
As regiões metropolitanas incluem uma ou mais áreas urbanas, bem como cidades-satélites e áreas rurais que estão sócio-economicamente conectadas ao urbano núcleo central, geralmente medido por padrões migrações pendulares.
Geralmente, regiões metropolitanas formam aglomerações urbanas, uma grande área urbanizada formada pela cidade núcleo e cidades adjacentes, formando uma conurbação, a qual faz com que as cidades percam seus limites físicos entre si, formando uma imensa metrópole, que na qual o centro está localizado na cidade central, normalmente aquela que dá nome à região metropolitana, como Região Metropolitana de Nova Iorque.
Porém, uma região metropolitana não precisa ser obrigatoriamente formada por uma única área contígua urbanizada, podendo designar uma região com duas ou mais áreas urbanizadas intercaladas com áreas rurais, ou seja, os limites entre as cidades ainda são visíveis, mas nesse caso são regiões metropolitanas menores que não possuem nem muitas vezes uma metrópole, mas uma cidade central.
O fator mais preponderante para a definição de áreas metropolitanas ocorre quando as cidades que formam esse aglomerado urbano possuam um alto grau de integração entre si, em termos econômicos, políticos ou culturais. Uma região formada por diversas regiões metropolitanas localizadas próximas entre si, são por vezes chamadas de megalópole, ou seja, a conurbação de duas ou mais metrópoles.