Afetado por pressões externas e pela troca de comando da Petrobras, o dólar voltou a subir e fechou no maior nível em mais de dez anos. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (6) vendido a R$ 2,778, com alta de 1,34% (R$ 0,037), na maior cotação desde 9 de dezembro de 2004 (R$ 2,781).
Pela manhã, a moeda norte-americana ficou perto da estabilidade, mas acelerou a alta após as 11h, quando Aldemir Bendine teve o nome confirmado na presidência da Petrobras. Na máxima do dia, por volta das 14h30, a cotação chegou a R$ 2,782.
Com o fechamento de hoje, a moeda acumula alta de 3,3% em fevereiro e de 4,9% em 2015. Também contribuiu para a alta do dólar a divulgação da criação de empregos nos Estados Unidos em janeiro. No mês passado, a economia norte-americana criou 257 mil vagas. De acordo com o Departamento do Trabalho do país, a taxa de desemprego nos Estados Unidos aumentou de 5,6% para 5,7% porque mais pessoas passaram a procurar trabalho.
A velocidade da recuperação da produção e do emprego nos Estados Unidos definirá se o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) aumentará os juros da maior economia do planeta ainda no primeiro semestre. Juros mais altos nos países desenvolvidos diminuem o fluxo de capitais para países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar para cima.
Agência Brasil