Brasileiros e paraguaios participaram de mais uma reunião para avaliar a reforma da Ponte da Amizade e estudar ajustes para diminuir o impacto da obra no tráfego entre o Brasil e Paraguai. O encontro bilateral foi realizado na sexta-feira, 30, na sede do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O superintendente do DNIT em Foz, Vicente Veríssimo, destacou que o ritmo da obra está dentro do planejado. A meia pista interditada está praticamente toda demolida, sendo que parte dela já recebeu o novo concreto. Foram colocadas 50 placas de concreto, cada uma de 2,5 metros.
Segundo Veríssimo, “é possível que nesta terça essa meia pista já esteja toda concretada. Depois é esperar o tempo de cura necessário para o concreto adquirir resistência, algo em torno de 30 dias”, informou. A reforma do pavimento iniciou no dia 19 de janeiro.
A reunião foi coordenada pela Câmara Técnica de Segurança do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu). Os técnicos debateram os seguintes pontos: transporte coletivo e escolar, travessia por balsa no Rio Paraná, fila única na rodovia, passagem de veículos na aduana brasileira e horário de travessia dos caminhões.
Além dos membros da Câmara Técnica de Segurança do Codefoz, participaram da reunião representantes de instituições paraguaias, como a Agência Nacional de Navegação e Portos do Paraguai (ANPP), Asociación Plan de Desarrollo del Este, União Industrial Paraguai – Filial Alto Paraná, Aduana, Marinha e Direção de Trânsito da prefeitura. Uma nova reunião será realizada no dia 12, quinta-feira, na sede do DNIT.
Escolar – A Polícia Rodoviária Federal confirmou a prioridade ao transporte escolar, visto que as aulas iniciaram nesta segunda-feira. A PRF já cadastrou as placas das empresas que enviaram ofício solicitando apoio para a travessia. Diariamente, dezenas de vans fazem a travessia de alunos que moram em Ciudad del Este e estudam em Foz do Iguaçu (e vice-versa).
Viaduto – O tráfego dos veículos do Jardim Jupira em direção ao viaduto de acesso à Ponte da Amizade terá controle redobrado. Atualmente, alguns motoristas têm usado as vias alternativas para entrar na fila sentido Brasil-Paraguai. O objetivo é encontrar um equilíbrio entre o traslado entre motoristas “do bairro” e condutores que seguem ao país vizinho.
Aduana – As autoridades paraguaias consultaram os colegas brasileiros sobre o afunilamento do trânsito sob a aduana. Hoje os veículos seguem em fila dupla pela rodovia e “abrem” em quatro faixas ao chegar à aduana, para depois afunilarem em duas filas sobre a ponte. O sistema será mantido porque uma das faixas é liberada para ônibus de transporte coletivo e três para automóveis pequenos, que se intercalam para cruzar a ponte.
Caminhões – Outra demanda apresentada pelas autoridades paraguaias está relacionada aos horários de travessia de caminhões. Foi montada uma comissão para aperfeiçoar o fluxo de exportações e importações. Hoje, no sentido Paraguai-Brasil, os caminhões vazios são liberados das 20h às 23h, e os caminhões com carga, das 23h às 5h. Já no sentido Brasil-Paraguai, são liberados, no mesmo horário (das 20h às 5h), tanto os veículos vazios quanto os com carga.
Balsa – A travessia de automóveis e caminhões por balsa no Rio Paraná foi considerada inviável pelas autoridades brasileiras e paraguaias. Até que a construção e os trâmites administrativos estivessem concluídos, as obras de pavimentação estariam próximas do fim. Caso alguma empresa tenha interesse em prestar o serviço, deve fazer um pedido na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Assessoria Codefoz