Com o objetivo de denunciar e enfrentar os problemas que afetam o funcionamento das escolas e comprometem os direitos dos trabalhadores da educação, os educadores de Foz do Iguaçu e região realizam uma semana de mobilização contra o atual modelo de gestão promovido pelo Governo do Paraná.
As atividades acontecem entre os dias 02 e 07 de fevereiro, contando com distribuição de uma carta pública, reunião da categoria, ato público e culminam com a participação dos educadores da região na Assembleia Estadual da categoria, que acontece no município de Guarapuava. O movimento é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) – Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu.
O presidente da APP-Sindicato/Foz, Fabiano Severino, explica que a lista de problemas na educação já era grande e tem se tornado ainda maior desde o ano passado. “A escola pública corre sério perigo no Paraná, pois a visão do atual governo não prioriza o serviço público e o atendimento à população e sim a arrecadação e os acordos com os grandes grupos econômicos. Há poucos dias da volta às aulas, o clima é de incerteza e descontentamento entre os profissionais e de total desorganização na gestão do Governo do Estado”, finaliza Severino.
Durante as atividades realizadas pela APP-Sindicato/Foz, estarão presentes representantes da categoria dos nove municípios de abrangência do Núcleo Sindical, sendo, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Missal, Itaipulândia, Matelândia, Ramilândia e Serranópolis do Iguaçu.
LISTA DE PROBLEMAS
O dirigente sindical aponta diversos problemas decorrentes da atual gestão da educação: suspensão da distribuição de aulas aos PSS (contratos temporários), atraso no pagamento do salário e não pagamento da rescisão e do terço de férias aos PSSs que tiveram contratos interrompidos em dezembro, dívida de mais de 70 milhões em promoções e progressões aos educadores, funcionários das escolas sem o pagamento do auxilio alimentação referente a dezembro, escolas sem recebimento das parcelas do fundo rotativo de 2014, falta/atraso de pagamento do Serviço de Atendimento è Saúde (SAS) deixando os servidores sem acesso ao serviço de saúde em todo o Estado.
Com efeito, além das incertezas vivenciadas pelos educadores, muitas escolas não puderam fazer ou concluir reformas e melhorias na infraestrutura já que não receberam os recursos do fundo rotativo. Além disso, o Governo do Paraná determinou um remanejamento para diminuir turmas, resultando na superlotação em várias salas de aula. A Semana Pedagógica sofreu uma redução para menos da metade do período programado, prejudicando a formação dos profissionais e o planejamento do ano letivo.
SEMANA DE LUTA
A partir de segunda-feira (02) – Divulgação de carta pública para a imprensa e a comunidade local denunciando os ataques do governo Beto Richa contra a educação.
Terça-feira (03) – Reunião ampliada do Conselho Regional para o coletivo levantar propostas para o conselho e assembleia estadual da APP, que acontecem nos dias 06 e 07.
A pauta da assembleia abrange informe e deliberação sobre as negociações com o governo, Semana Pedagógica e mobilizações durante este período, além da definição das propostas dos educadores da região que serão apresentadas ao Conselho Estadual e durante a Assembleia Estadual, que acontecem nos dia 06 e 07 deste mês, reunindo os trabalhadores da educação de todo o Paraná.
Quarta-feira (04) – Ato Público em defesa dos direitos dos trabalhadores (as) da educação pública do Paraná. A concentração será em frente ao Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE), às 16 horas, seguida de panfletagem no centro da cidade.
Quinta e sexta-feira (05 e 06) – “Dia D” na escola: Debate na “semana pedagógica” sobre a pauta de lutas para 2015.
Sábado (07) – Assembleia Estadual em Guarapuava. A APP-Sindicato/Foz irá dispor de ônibus gratuito que saíra de Foz do Iguaçu, na sexta-feira (dia 06), às 23:50h, em frente ao Santi Móveis, na rua Almirante Barroso.
Com assessoria