Durante a primeira semana de reforma da Ponte da Amizade foram apresentadas sugestões para diminuir o impacto da obra na fronteira. Parte das propostas já foi acatada e outra parte está em análise para definir a sua viabilidade. Mas algumas ideias foram desaprovadas por motivos técnicos.
A Câmara Técnica de Segurança do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu) consultou os órgãos competentes sobre as perguntas frequentes feitas por diferentes setores da comunidade. De forma resumida, a CT divulga as respostas sobre os principais pedidos inviáveis.
A reforma pode ser feita à noite?
O consórcio CSO-Gaissler esclarece que o serviço não é realizado à noite porque o limitante de prazo não é a demolição, e sim o concreto –que depende de um período de cura de 28 dias por norma da ABNT. Assim, trabalhar à noite não adiantaria a obra, pois o prazo para cura do concreto seria o mesmo.
Além disso, a passagem de caminhões durante a noite provoca uma vibração excessiva que prejudicaria a integridade do concreto. “Portanto, não é recomendável executar uma concretagem num período em que transitam os caminhões com carga”, explica o engenheiro Luiz Matsumoto Vargas.
Há poucos operários na pista?
Vargas responde ainda à crítica sobre o número de operários na obra. A empresa optou pela utilização de equipamentos disponíveis e adequados e com produtividade equivalente à de vários trabalhadores para minimizar o impacto causado na estrutura da Ponte da Amizade e aos usuários.
É possível paralisar a obra?
O consórcio CSO-Gaissler esclarece que o concreto da Ponte da Amizade já foi demolido no sentido Brasil-Paraguai. Suspender o serviço neste momento está fora de cogitação, pois essa faixa da pista só poderá ser usada novamente depois de feita a nova pavimentação, ou seja, após os 28 dias necessário para a cura do concreto. Não há como os veículos passarem pela pista esburacada.
A travessia por balsa é viável?
A Receita Federal alertou para a dificuldade de fazer travessia de automóveis e caminhões por balsa no Rio Paraná. Seria necessária a construção de uma estrutura física com espaço suficiente para a atuação de pelo menos cinco órgãos federais, para que seja possível a entrada e saída de veículos e pessoas como determina a lei, além do próprio alfandegamento do local, providência que tem seu trâmite específico. Possivelmente, até que a construção estivesse concluída, as obras de pavimentação estariam próximas do fim.
A ponte suporta via dupla durante a obra?
Em relação à proposta de via dupla Brasil-Paraguai, o engenheiro Luiz Matsumoto Vargas afirma que não existe espaço físico suficiente à implantação de duas faixas de tráfego para garantir a segurança dos usuários e dos trabalhadores.
Fonte: Codefoz