Por, Dante Quadra
Após a execução por fuzilamento do carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, no último sábado (17), um outro brasileiro espera no corredor da morte da Indonésia. O paranaense nascido em Foz do Iguaçu, Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, foi preso em 2004 ao tentar entrar no país asiático com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe.
Assim como no caso de Marco, o governo brasileiro pediu clemência pela vida de Rodrigo Gularte. Todas as tentativas de reverter a execução foram negadas. A mãe de Rodrigo, Clarisse Gularte, contou em uma entrevista à Revista Veja, em 2005, que o filho começou a usar drogas e traficar ainda na adolescência. Eles se mudaram de Foz do Iguaçu para Florianópolis, em Santa Catarina, onde montaram uma pizzaria.
Em entrevista à Globo News, neste sábado, Clarisse contou que nestes 10 anos já foi visitar o filho oito vezes na Indonésia, a última em setembro do ano passado. “Lá a prisão é relativamente boa, eles têm liberdade entre as grades, os guardas são muito educados. Mas da última vez que eu o vi ele tinha emagrecido 13 quilos”, disse.
Mesmo com o pedido da presidente Dilma Rousseff negado no último dia 9 de janeiro pelo presidente indonésio Joko Widodo, a família de Gularte espera que a sentença de morte seja adiada. A mãe Clarisse e os defensores da embaixada brasileira conseguiram comprovar que Rodrigo passou a sofrer de esquizofrenia e tentam uma transferência para um hospital psiquiátrico do país.
Em uma entrevista à BBC Indonésia, em dezembro, o presidente Widodo informou que existem 64 pedidos de clemência em sua mesa e que todos serão negados. A execução de Rodrigo poderá acontecer nos próximos dois meses.