A ministra da Mulher do Paraguai, Ana María Baiardi, informou que o país é um centro de tráfico de mulheres na região, mas ressaltou que hoje nenhum país está livre do problema. Para a ministra, no Paraguai é comum o explorador ser uma pessoa conhecida da mulher.
A declaração foi feita durante a apresentação de um acordo de colaboração entre a União Européia e a produtora paraguaia Púa Tarará, para a divulgação do documentário espanhol “Chicas Nuevas 24 Horas”, que aborda a exploração de mulheres.
A ministra advertiu que existem novas modalidades de tráfico de mulheres, que não ficam apenas da escravidão sexual, mas também exploração do trabalho e uso dessas mulheres como “mulas” no tráfico de drogas. Baiaedi mostrou preocupação em essas mulheres serem vistas como traficantes, quando na verdade não passam de vítimas de uma rede de exploração.
Dados do último censo penitenciário do Paraguai mostram que o principal delito nas penitenciárias femininas do país é pelo tráfico de drogas. No mundo, o tráfico de mulheres representa o terceiro negócio ilegal mais lucrativo, depois das drogas e armas, movimentando mais de 30 milhões de dólares por ano. O Informe Global 2014, mostrou que as mulheres representam 70% das vítimas de trafico humano.
Documentário
“Chicas nuevas 24 horas” é dirigido pela cineasta e atriz espanhola Mabel Lozano e aborda o negócio que é tráfico de mulheres e meninas com fim de exploração sexual na América do Sul e o vínculo com a Espanha. O documentário revela ainda, que a uma em cada três vítimas é menor de idade e que 152 países são origem dessas vítimas e 124 países de destino.
EFE