Aconteceu no plenário da Câmara Municipal a audiência pública sobre o local de construção do Porto seco, perimetral leste em Foz do Iguaçu. Autoridades, arquitetos e urbanistas se reuniram para opinar sobre o projeto.
Durante o encontro, autoridades e especialistas se posicionaram contra o local indicado para a construção do Porto Seco. O Representante da União das Instituições Conscienciocêntricas Internacionais, Frederico Ganen, manifestou sua posição na tribuna contra o projeto. Para ele, instalar um Porto Seco na região indicada é complicado. Frederico ressaltou, ainda, que é uma área de manancial e do Rio Tamanduá – que abastece 30% da cidade -. Ainda segundo o representante, o porto seco nessa região que estão propondo não permite a criação do porto intermodal.
“O estudo feito e considerado pelo CODEFOZ foi até certo ponto superficial. Tecnicamente é inviável. Aquela região é por decreto é um corredor turístico na cidade. O processo da perimetral como foi colocado é inevitável e necessário. As pessoas não foram ouvidas”, finalizou.
Já o Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniamérica , Alexandre Baltazar, é preciso interromper o andamento do processo como está sendo levado, sob a ótica do planejamento urbano, a fim da necessidade de discutir problemas futuros.
Para o vereador Dilto Vitorassi (PV), o novo porto seco deve ser no Portal da Foz. “É uma escolha da receita, ela dita as normas, sob a ótica de colocar o Porto Seco em uma região que é mais fácil de ela fiscalizar. Não pensaram na possibilidade de navegação fluvial da hidrovia Paraná- Tietê e da Ferrovia (Ferroeste)”.
O Presidente do COMTUR, Licério Santos, ressaltou que o COMTUR sugeriu outra área, ao Codefoz, para o Porto Seco, e seria próximo à BR 277.
Relator do Projeto
Questionado pelo relator do projeto, Gessani da Silva (PP), sobre o novo Porto Seco. Albuquerque rebateu que foi um projeto apresentado pelo Codefoz e o Executivo atendeu requisições da população.
O vereador Nilton Bobato (PC do B) questionou o que deve acontecer com as áreas rurais e vias marginais. “A perimetral do jeito que está sendo proposta ninguém apresenta uma solução sobre o acesso à Avenida Morenitas, aí vamos matar o Porto Meira, que vive muito do comércio com a Argentina. O planejamento feito pelo DNIT teria duas etapas. Se estabelecermos esse conceito que é que uma obra temporária e depois seria feito outra, não haveria outro problema”.
Codefoz
Em entrevista à Rádio Cultura, O presidente do Codefoz, Danilo Vendruscolo, explicou que não é papel do Codefoz decidir se o projeto está ou não de acordo com a área de construção. Vendruscolo ressalta que o Conselho apenas defende que é preciso corrigir a logística da cidade. Ele citou como exemplo, caminhões que passam por avenidas importantes da cidade como: Avenida Paraná, Cataratas e Costa e Silva. Segundo o presidente, foi contratado um estudo onde indicou vários locais, dentre estes, a prefeitura avaliou e o prefeito assinou o decreto. “Estudos estão sendo feitos, mas não significa que o Porto Seco tenha que ser instalado naquele local, se tiver que mudar, não vejo problema algum”, finalizou.