A Secretaria Estadual da Saúde divulgou na quarta-feira (5) um novo boletim sobre a situação da dengue nos últimos três meses no Paraná. Desde agosto, 274 casos da doença foram confirmados no Estado, sendo 258 autóctones e 25 importados. Os municípios que concentram a maioria dos casos estão nas regiões de Paranavaí, Londrina, Maringá, Toledo e Cornélio Procópio.
De acordo com o levantamento, Itaúna do Sul e Paranapoema, ambos no Noroeste, são os dois únicos municípios que atingiram situação de epidemia neste novo período. Com 52 e 39 casos, respectivamente, as cidades alcançaram este patamar porque têm populações inferiores a 3,5 mil habitantes. Como são municípios com pequeno número de habitantes, a incidência da doença causa maior impacto.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que o momento é de reforçar as ações de controle da doença para que o número de casos não cresça, já que o verão se aproxima. “Já enviamos o fumacê a Itaúna do Sul e Paranapoema com o intuito de combater o mosquito adulto nestas cidades. Contudo, o mais importante é evitar que o mosquito transmissor se crie, eliminando todo e qualquer recipiente que possa acumular água em casa e nos quintais”, explicou.
RISCO – Nesta semana, o Ministério da Saúde informou que dois municípios paranaenses também apresentam alto risco para a ocorrência de epidemia de dengue. Iretama e Matelândia registram índices de infestação do Aedes aegypti superiores a 4%, o que significa que a cada 100 residências visitadas, quatro tinham focos do mosquito.
Apesar disso, Iretama e Matelândia ainda não têm casos confirmados da doença neste novo período. “Isso mostra que ainda não há circulação do vírus, mas o ambiente está propício para ocorra uma epidemia”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Themis Buchmann.
CHIKUNGUNYA – Outra doença com características semelhantes à dengue e que está deixando as autoridades sanitárias em alerta é a febre chikungunya. O Paraná tem três casos importados da doença, que é transmitida através da picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
O último caso importado foi confirmado nesta terça-feira (04). Trata-se de uma mulher de 33 anos, moradora de Bituruna, que deve ter contraído a doença na Venezuela. A paciente retornou da viagem internacional em 8 de outubro e apresentou os primeiros sintomas três dias depois. A mulher passa bem e está sendo acompanhada pela equipe de saúde municipal.
Em junho de 2014, o Estado já havia confirmado outros dois casos importados de Chikungunya. Os pacientes, residentes de Maringá, tiveram sintomas da doença após retornarem de viagem ao Haiti.
Segundo Sezifredo Paz, a dengue e o chikungunya representam um risco duplo com a chegada do verão. “A melhor forma de se proteger é manter suas casas livres de criadouros de mosquito. É importante que a população destine pelo menos um momento de sua semana para vistoriar suas casas”, concluiu.
AEN