Itaipu aproveitará piracema para mutirão de limpeza no lago

A Itaipu  Binacional  aproveitará  o período de defeso (proibição da pesca  de  espécies  nativas  nos rios e reservatórios) no Estado do Paraná para  promover mutirões de limpeza no lago. A restrição começa neste sábado (1º) e vai até 28 de fevereiro. O objetivo é proteger a reprodução e desova dos peixes neste período de piracema.

Entre  as  espécies  da  lista estão o bagre, o pintado, o lambari, o dourado  e  o  jaú. A pesca fica permitida apenas para as espécies exóticas como a carpa, a tilápia, o tucunaré e o apaiari. A  campanha  de  Itaipu  será semelhante à desenvolvida entre julho e agosto.  À  ocasião,  foram  recolhidas  quase  40  toneladas  de  lixo. Os materiais  reciclados  foram  repassados à Prefeitura de Foz do Iguaçu para destinação correta.

A  ação  será  em  parceria  com  o  Conselho  de Desenvolvimento dos Municípios  Lindeiros  ao  Lago  de  Itaipu  e iniciam após 15 de novembro, quando  as  datas  dos  mutirões  começarão  a  ser  agendadas,  segundo  o engenheiro  agrônomo,  Irineu  Motter, da Divisão de Reservatório de Itaipu. A  expectativa  é da participação de cerca de 500 pescadores, de seis colônias  e  de quatro associações profissionais. Eles receberão camisetas, bonés,  luvas, embalagens, combustível para os barcos e marmitex repassados pela Itaipu.

O   defeso  obedece  Instrução  Normativa  nº  25/2009  do  Instituto Brasileiro  de  Meio  Ambiente  e  Recursos  Hídricos  (Ibama).  A  regra é reforçada  no  estado  pela  portaria nº242/2011, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Durante  a  piracema,  a  Polícia  Ambiental  e  o IAP vão reforçar a fiscalização  nos  lagos  e rios. Os pontos prioritários serão os locais já mapeados  como  os  de  maior  incidência  de  infrações ambientais e pesca predatória.   Peixarias  e  supermercados  deverão  apresentar,  até  5  de novembro, declaração de estoque.

O  não  cumprimento  das  regras  enquadra  o  responsável  por crime ambiental, com aplicação de multa de R$ 700 (por pescador) e mais R$ 20 por quilo pescado.

Sair da versão mobile