A Delegacia de Homicídios informou na manhã desta quarta-feira (29) que o detento Douglas Castro de Camargo, de 23 anos, encontrado morto em uma cela da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu (PEF II) na madrugada de terça-feira (28), pode ter sido assassinado por outro preso, a mando de outra pessoa.
Segundo o delegado Marcos Araguari de Abreu, a primeira informação era de que ele havia se intoxicado e em seguida surgiu a suspeita de que um outro detento pode ter induzido ou forçado Douglas ingerir uma grande quantidade de drogas, supostamente cocaína. “Essa informação foi confirmada por outros detentos, dando conta da possibilidade que os dois tivessem usando droga dentro da cela. Mas a tese mais provável que deu margem a autuação em flagrante do suposto autor, é de que a ingestão da droga não foi voluntária, mas forçada”, disse Araguari.
A polícia investiga a suspeita de um desentendimento entre o preso e uma pessoa de fora do presídio, que pode ter ocasionado o crime. A Homicídios investiga ainda, porque a vítima estava na mesma cela do suposto autor do crime e qual a relação anterior entre eles. “O suposto preso que o assassinou teria praticado o crime a mando supostamente de outro e como no presídio não existe acesso à arma de fogo, o meio que ele utilizou para matar o outro detento foi forçá-lo ingerir uma substância tóxica”, relatou o delegado.
Araguari disse ainda, que todos os presos que estavam na cela foram ouvidos e são unânimes em confirmar que houve uso excessivo de drogas, de maneira voluntária ou forçada. “Há uma suposição que a droga cocaína poderia ter sido misturada com outros tipos de medicamento e de que isso poderia ter sido a causa de uma overdose provocada”. Douglas Castro de Camargo estava preso por tráfico de drogas.