Interessados no rumo da política brasileiros, os países vizinhos Argentina e Paraguai acompanharam atentamente as eleições presidenciais do maior parceiro comercial. Com investimentos no Paraguai e tendo na Argentina o maior parceiro comercial, uma mudança de governo implicaria em novas conversas sobre a política latino-americana. A presidente argentina Cristina Kirchner, já havia demonstrado interesse na reeleição de Dilma. Já o colega paraguaio, Horácio Cartes, não demonstrou nenhuma preferência particular.
Nesta segunda-feira (27), os maiores jornais dos dois vizinhos exaltaram a vitória apertada de Dilma Rousseff e especularam uma possível mudança na forma de tratar o Mercosul.
Para o Jornal ABC Color, de Assunção, “Vitória apertada de Dilma indica que deverá relinear sua atual política”. O jornal chegou a afirmar uma divisão da sociedade brasileira, com a eleição mais acirrada da história. “Lançando uma mensagem ao Governo de deverá modificar diversos aspectos de sua política, que são rejeitados pela metade do país”, publicou o jornal paraguaio.
O Jornal Clarín, de Buenos Aires, estampou “Dilma Rousseff ganhou a reeleição com um ajustado triunfo sobre Aécio Neves”. O periódico ressaltou que esta foi a pior disputa eleitoral do PT, desde que chegou ao poder a 12 anos. O Clarín ainda citou um trecho do discurso da presidente na noite de domingo, onde ela agradece a vitória e promete fazer as mudanças necessárias. “Terá o desafio de levar seu país ao crescimento econômico, ainda que a cifra publicada pelo Fundo Monetário Internacional casualmente ontem indicou que este ano o PIB poderá avançar 1,4%, um nível superior previsto inclusive pelo governo”, escreveu.