Policiais federais realizaram um protesto em frente à delegacia de Foz do Iguaçu, no final da tarde de terça-feira. Os agentes pedem que seja cumprida a lei aprovada em 2013, que estabelece um adicional para policiais federais locados nas regiões de fronteira. A previsão era de que os policiais federais de todo o país iniciassem uma paralisação de 72 horas.
Ainda na noite de terça-feira, através de uma vídeo conferência, os 27 sindicatos regionais decidiram pela suspensão da paralisação, após a intervenção do Ministro interino da Casa Civil, Valdir Simão, e do Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, que estabeleceram um compromisso já agendado para solucionar a crise na Polícia Federal.
As primeiras manifestações já haviam se iniciado em algumas capitais, mas a intervenção de Berzoini e Simões foi considerada o início de uma solução política, que vai envolver vários ministérios na busca pelo justo reconhecimento profissional de todos os policiais federais. Afinal, para os dirigentes sindicais, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o Diretor da PF, Leandro Daiello, são os grandes responsáveis pela crise institucional do órgão.
Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais – Fenapef , a alta cúpula do governo federal demorou a perceber os efeitos da péssima gestão da Polícia Federal e seus impactos para os servidores e para a Sociedade. A entidade afirma que a gestão da segurança pública tem sido desastrosa, e a personalidade forte de Cardozo tem sido o maior obstáculo para a modernização de um modelo burocrático e ineficiente de polícia fascista, herdado da época da ditadura.