Após um vídeo amador ser divulgado nas redes sociais no qual um funcionário dos Correios entrega santinhos da candidata do PT, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, juntamente com os demais membros da Diretoria Executiva da empresa, concedeu entrevista em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (2), em Brasília, para esclarecer sobre a atuação dos Correios no processo eleitoral.
O foco da coletiva foi o serviço de Mala Direta Postal para campanhas eleitorais. O presidente destacou que em todo o Brasil foram postados 141 milhões de itens desse tipo, pelos mais diversos partidos e candidatos.
Apresentando números e documentos, o presidente dos Correios rechaçou as acusações de que a empresa teria falhado na entrega de material de campanha do PSDB em Minas Gerais. Lembrou que, em Minas, dos 32 milhões de itens postados nessa modalidade, 13 milhões foram do PSDB e que foram registradas apenas 23 reclamações, todas devidamente verificadas e solucionadas.
Pinheiro também deixou claros os rígidos mecanismos de fluxo e controle do material e destacou que no momento restavam apenas cerca de 1 milhão de itens, de vários partidos, para entrega no Estado, que serão entregues na sexta-feira (3).
O dirigente dos Correios ainda reafirmou que não existe nenhuma irregularidade na prestação de serviço de entrega de material eleitoral do PT, exibida em vídeo divulgado hoje nas redes sociais. O presidente da empresa destacou que o serviço foi devidamente pago e que os comprovantes estão disponíveis há quase duas semanas no Blog dos Correios: arquivo 1 e arquivo 2.
Pinheiro apresentou levantamento parcial que comprova que esse mesmo serviço vem sendo utilizado por pelo menos 17 partidos: DEM, PDT, PHS, PMDB, PP, PPS, PR, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PT, PT do B, PTB, PTN e PV.
A respeito de sua participação em evento em Belo Horizonte, o presidente dos Correios reforçou que ocorreu em horário fora do expediente de trabalho e fora dos Correios, sem uso de qualquer recurso da instituição. “Tenho tranquilidade e certeza absoluta de que não houve prática de crime eleitoral, da parte dos Correios, da minha parte, da parte da nossa direção. A credibilidade dos Correios não será afetada por acusações descabidas e injustas”, afirmou.
Com assessoria