Bancários de todo o país entraram em greve na terça-feira (30) e informaram que não há uma data prevista para a volta ao trabalho. Em Foz do Iguaçu os trabalhadores coloram cartazes nas portas das agências informando sobre a greve e já não permitem mais que clientes entrem nos bancos. Apenas é permitido o uso dos caixas eletrônicos, onde não há o trabalho de funcionários.
Mesmo com a greve dos bancários, os clientes não podem deixar de pagar as contas em dia. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) lembra que a legislação garante aos clientes bancários a continuidade de serviços essenciais. Com isso, a compensação de cheques e transferência de dinheiro entre contas de bancos diferentes, por exemplo, devem ser feitas nos prazos estipulados pelo BC. No caso de um cliente precisar resolver algum problema com urgência e a sua agência estiver fechada, o banco deve orientar sobre outro local para atendimento com o gerente.
A Federeção Brasileira de Bancos (Febraban) aponta uma série de canais que estão a disposição da população para realizar as operações bancárias: caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking (banco no celular), operações por telefone e correspondentes, como casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados.
Os caixas eletrônicos aceitam depósitos, pagamento de boletos a vencer, pagamento de conta consumo, saque com cartão, consulta ao saldo e pagamento de impostos e taxas. Os correspondentes bancários aceitam a maioria dos serviços incluindo depósitos, pagamento de boletos e saque com cartão.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,5%, sendo 5,8% de aumento real. Eles também pedem Participação no Lucros e Resultados (PLR) de três salários, além de uma parcela adicional de R$ 6.247, piso de R$ 2.979,25 e vales alimentação, refeição, décima terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 724. No último sábado (27), os bancos haviam elevado o índice de reajuste de 7% para 7,35% para os salários e de 7,5% para 8% para os pisos, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).