O secretário de administração Chico Noroeste, acompanhado da secretária de educação, Lisiane Sosa, se reuniu com representantes e professores municipais para tratar sobre a implantação do Plano de Cargos e Carreiras.
A reunião que ocorreu em clima tenso, serviu para a administração explicar o motivo do não pagamento da remuneração no mês e agosto deste ano. Segundo o secretário Chico Noroeste, o motivo é que não tem verba para efetuar o pagamento.
O encontro foi dividido em três oportunidades: a primeira foi a explicação do não pagamento. A segunda parte foi a discussão de ideias, e a terceira propostas de ambos os lados.
A advogada do sindicato dos professores, Solange da Silva Machado, disse que há um discurso bem divergente entre o prefeito municipal e seu secretariado. “O prefeito alegou a queda da receita, como se fosse uma força maior, e que na época que o plano foi para câmara, em abril, que tinha orçamento, e agora o diretor Borges, disse que não tem orçamento”, ressaltou.
Borges, que também participou da reunião deixou claro que a falta de orçamento, como problema, já estava previsto no projeto aprovado no legislativo, executivo e assinado pelos professores. Porém, a advogada disse que o diretor está equivocado, “pois ele mesmo teria assinado o documento no qual comprova que teria verba para implantar o plano”, reafirmou.
A secretária de educação municipal, Lisiane Sosa, acredita que não haverá uma greve. “Uma boa conversa resolve qualquer problema, nós sabemos que não há receita para implantar o plano, houve um impacto de receita, então precisamos aguardar para então poder colocar em prática”. Sobre o relatório, a secretária ressaltou que o artigo 78 deixa claro que, se não houvesse verba, não seria possível aplicar.
Propostas:
Na fase final da reunião, os professores propuseram à administração em rever o projeto no sentido da forma de pagamento. A advogada Solange ressaltou a possibilidade de um pagamento gradativo, e o secretário Chico Noroeste disse que iria analisar a proposta.
Greve:
Os professores não descartaram uma possível greve, ou um manifesto durante o desfile no dia 7 de setembro. Os professores realizaram uma assembleia geral com a categoria para analisar o que deverá ser feito. A advogada Solange pediu que até segunda-feira, 08, o executivo apresente propostas positivas. Porém, o secretário Chico disse que seria impossível, pois o tempo posto é curto.
Chico pediu para que a data se estenda até, pelo menos, dia 20 de setembro. Mas a categoria não aceitou, e bateu o martelo dizendo que até dia 08 espera uma resposta definitiva. O secretário, então, disse que até a data posta a resposta seria a mesma que a de hoje, a não possível implantação.
Sem negociação, os professores se reunirão para saber quais os próximos passos a serem tomados pela categoria.
Já o executivo, deverá se reunir com o prefeito municipal para sanar essa questão de atrito com os professores municipais.