Um grupo de professores da rede municipal de ensino realizou no início da noite de sexta-feira, 29, um manifesto em frente à Prefeitura de Foz do Iguaçu. O motivo foi o anúncio de que o Plano de Cargos e Carreiras, sancionado no dia 11 de junho deste ano, não entrar em vigor. Na época, a expectativa dada pelo governo municipal foi de que o plano seria aplicado à folha de pagamento do mês de agosto. O sindicato dos professores municipais não descarta greve nos próximos dias.
A secretária municipal de Educação Lisiane Sosa disse que embora a esperança de que o plano saísse fosse grande, as professoras já sabiam que a implantação poderia não acontecer. “No artigo 78 quanto à implantação do plano, ficava vinculada a questão orçamentária do município. Infelizmente por problemas no orçamento, não tivemos dinheiro suficiente neste mês de agosto para cobrirmos todas as despesas do plano”, ressaltou.
Conforme explicou a secretária, atualmente a folha de pagamento dos professores é de pouco mais de 7 milhões de reais. Com a aplicação do plano a folha subiria para 9 milhões. “Em conversa com o comitê gestor, se prorrogou a implantação do plano. Vamos ter que aguardar para que possamos dar início aos pagamentos com segurança, porque não tem como dizer que pagaremos um mês e depois não teremos mais dinheiro para pagar”.
Ainda de acordo com Lisiane, o próximo passo será a captação de recursos. “O que precisamos deixar claro é que a valorização do professor é necessária, e temos consciência disso. Estamos buscando recursos para fazer com que a vigência do plano aconteça, o quanto antes possível para as professoras da rede municipal”.
