Por Daryanne Cintra
Foi realizada ontem, quinta-feira, 14, na Justiça Federal uma audiência de conciliação entre a Unila e os advogados do Consórcio Mendes Junior Chain, responsável pela obra da sede da universidade. Há dois meses a obra está parada, sendo que o atraso total já é de um ano e meio. Logo quando o contrato foi fechado, o prazo para a entrega seria novembro de 2014. O Consórcio solicitou prorrogação no prazo para 2017.
O consórcio pediu também, há dois meses, 50 milhões de aditivo. Diante da negativa da Unila o consórcio solicitou o fim do contrato e a Unila reteve o pagamento de 4 milhões. Sem acordo, o Juiz Roni Ferreira decidiu suspender o processo por 60 dias. “Eles vão voltar a discutir as propostas, ver quem pode em fim conceder, e no prazo de uns 10 dias eles mesmos devem se reunir para tentar discorrer a solução do problema”, disse.
Ainda conforme disse o Juiz, o processo ainda é prematuro e não dá para dizer quem está com a razão. “O processo não possui nenhuma decisão judicial. O primeiro ato foi justamente essa audiência de conciliação. O fato é que cada lado tem o seu ponto de vista, e felizmente os dois lados estão tendo a maturidade para tentar encontrar uma saída consensual. Mas de qualquer forma é uma situação complexa, e ainda não sabemos se terá mesmo um possível acordo”, explicou.
Até agora foram pagos 100 milhões e mais 14 milhões de aditivo. O consórcio alega falha geológica no projeto, alega ainda o custo da mão de obra e materiais. A obra já comporta 13 andares que estão construídos, restam ainda 10 andares. O custo total do projeto era de 264 milhões.
O Reitor da Unila, Josué Modesto dos Passos Subrinho disse que a universidade irá avaliar os pedidos do consórcio. “É um procedimento complexo, porque o consórcio apresentou 14 primícias para a retomada da obra, e nós estamos analisando tanto do ponto jurídico quanto do ponto de engenharia, e esperamos chegar a um acordo o mais breve possível na próxima reunião”, completou.
Procurados pela reportagem da Rádio Cultura, os advogados representantes do Consórcio Mendes Junior Chain não quiseram gravar entrevista.