Por Daryanne Cintra
Nesta sexta-feira, 15, servidores municipais em São Miguel do Iguaçu iniciaram a mobilização de uma greve, paralisando em partes atendimentos públicos na cidade. Conforme disse a presidente do Sindicato dos Servidores, Rosnete Maria Hubler, ao longo do ano a categoria tentou acordos com o governo municipal, mas não obtiveram sucesso.
Uma das principais revindicações dos trabalhadores é com relação ao valor pago pelo vale-alimentação, que hoje é de R$10 por mês. Conforme disse a representante, no mês abril deste ano o prefeito prometeu que em julho haveria a majoração do vale. “Nós pedimos e esperávamos que ao menos o valor de 100 reais voltasse para o vale. Como não houve o cumprimento, o sindicato se reuniu com os servidores que optaram por paralisar os serviços”.
Rosnete disse ainda que a greve irá continuar por tempo indeterminado. “O trabalho ficará interrompido até que os pedidos sejam atendidos e negociados junto à administração municipal. Os serviços de atendimento estão sendo mantidos, porém em escala reduzida”. Ainda de acordo com a sindicalista, o salário piso do servidor público em São Miguel do Iguaçu é de R$724, por mês.
Em entrevista à Rádio Cultura, o assessor administrativo da prefeitura da cidade, Valdecir Lago, disse que o sindicato não abriu espaço para negociação. “Eles simplesmente protocolaram o anúncio de greve, e não tentaram um acordo. Por este motivo o município não teve outra saída a não ser a de questionar essa paralisação judicialmente. Pedimos na justiça declaração de que a greve seja considerada abusiva e ilegal”.
Ainda conforme pronunciou o assessor, todas as revindicações pedidas pela categoria já são atendidas pelo município. “A nossa legislação é bem moderna e o nosso plano de cargo de salário é dos anos de 2006 a 2008. E como os servidores não pediram pauta ao governo municipal, não houve outra saída se não pedir judicialmente a ilegalidade dessa greve”, disse.