A pobreza na Argentina é quase oito vezes maior do que informa o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) – Órgão Oficial do Governo – ao fim de 2013, segundo estudo da Universidade Católica Argentina (UCA), que eleva para 27,5% o número de argentinos que vivem em situação de pobreza.
As estatísticas oficiais mostravam apenas 3,5% a proporção de pobreza registrada no final do ano passado, contudo, mantinha a mesma porcentagem em respeito a indigência, ponto que também foi elevado a 5,5% com base nos estudos da universidade privada.
A principal diferença é que mesmo o Indec fundamentando seus dados na inflação oficial, o Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina, levou em consideração sua própria Pesquisa da Dívida Social Argentina, realizada periodicamente.
A polêmica pela “guerra das cifras”
A polêmica começou em 24 de abril, quando o Indec cancelou a publicação do índice de pobreza e indigência da Argentina correspondente ao segundo semestre de 2013, sem explicar o motivo.
O órgão estatístico deixou de comunicar em janeiro passado os valores da cesta básica de alimentos e da cesta básica total, que serve para fixar os índices de indigência e de pobreza do país, como informou o jornal La Nación.
Ante a situação, dirigentes da Frente Ampla Unen apresentaram no fim de abril uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e o ministro da Economia Axel Kicillof, por ocultar os dados sobre pobreza no país.
Fonte: elmundo.es