Em entrevista ao programa Contraponto, desta quarta-feira (8), o arquiteto e presidente da Fundação Iguassu, defendeu uma discussão mais ampla e um outro lugar para a construção da 2° ponte ligando o Brasil ao Paraguai.
“A licitação é ilegal e obra pode ser embargada”, disse arquiteto Nilso Rafain, sobre a construção da 2° ponte. Rafain defende obra à 720 metros acima do Marco das Três Fronteiras. O arquiteto e também presidente da Fundação Iguassu, salienta que as autoridades brasileiras foram alertadas sobre o risco e afirma que o tráfego de caminhões vai atrapalhar o setor turístico.
Nilso Rafain apresentou à presidente Dilma Rousseff, no ano passado, um projeto trinacional contemplando uma nova ponte e um parque internacional, que aumentaria o tempo de permanência do turista na região. “Essa ponte não pode ser para caminhões, é incompatível com o fluxo turístico”. Rafain fala ainda sobre a construção de uma terceira ponte, onde o trânsito de caminhões de carga possam passar entre os países, sem atrapalhar o turismo da cidade.
O projeto apresentado pelo arquiteto prevê também um parque linear no território brasileiro, argentino e paraguaio, sendo ligado por uma única ponte e um teleférico para o deslocamento de pessoas.
“A entidade alertou os governos e a sociedade civil sobre o risco de embargo da licitação, ou da obra, em razão da localização da 2ª. Ponte pretendida para caminhões entre Brasil e Paraguai invadir uma área do entorno do Marco das 3 Fronteiras, área que protegida por lei no Plano Diretor de 2006 de Foz do Iguaçu como uma área de reserva que foi destinada pela comunidade como uma Zona Turística (ZT-4), conforme ilustração anexa”, diz a carta entregue por Nilso Rafain ao ministro dos Transportes do Brasil, Paulo Sérgio Passos.