Com a chuva forte o município de São Miguel Iguaçu registrou, na sexta-feira, 27, os pluviômetros automáticos da Defesa Civil haviam registrado 182 milímetros de chuva na cidade. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, este é o maior volume do Estado.
Mesmo com tanta chuva, as 180 famílias ribeirinhas que moram nos bairros Santa Catarina, Sagrado Coração de Jesus e Jardim Social não foram atingidas. Equipes da prefeitura trabalharam, com duas escavadeiras hidráulicas, retirando lama e lixo de dentro dos rios Leão e Pinto, que cortam a cidade. Os pontos considerados críticos já foram solucionados. No momento, o serviço está concentrado na parte mais baixa da Rua Marechal Cândido Rondon.
A estimativa é de que a dragagem leve mais 30 dias para ficar pronta, conforme o secretário de Obras e Viação, Orivaldo Malaggi. Serão mais de 3,5 quilômetros de extensão desassoreados.
Problemas:
Na Rua Floresta, onde o trabalho de dragagem ainda não chegou, o rio Pinto transbordou. A ponte que da acesso ao Bairro Santa Luzia e Linha São Lourenço ficou interditada por quatro horas e o trânsito foi desviado pela Guarda Municipal para o acesso da BR-277. No rebaixamento da Rua Duque de Caxias, segundo a Defesa Civil, apenas uma residência foi atingida pela cheia do Rio Pinto, mas a família não quis ser deslocada.
A enxurrada inundou um poço artesiano da Sanepar. É o maior poço de abastecimento da cidade, que fornece água para a região central e demais bairros próximos ao centro. Por isso, a Sanepar pede que os moradores economizem água pois há risco de racionamento. Enquanto a chuva não cessar, não será possível religar a bomba d’água.
Conscientização
Na quinta-feira (26), enquanto a equipe da Assessoria de Comunicação da Prefeitura acompanhava uma emissora de TV que registrava o resultado do serviço de dragagem, muito lixo foi encontrado novamente dentro do rio, onde a dragagem já havia sido concluída há mais de 10 dias. Caixas de leite, latas, chinelo e até um carrinho de bebê foi deixado dentro do rio.
A Administração Municipal pede a colaboração da população para que separe devidamente o lixo doméstico e coloque à disposição dos caminhões de coleta. “Quando as máquinas terminarem o serviço, nós pretendemos fazer um trabalho de conscientização com alunos das escolas municipais para tentar reduzir a quantidade de lixo que está sendo despejada nos rios. Junto com as escolas queremos também efetuar a revitalização das margens (dos rios)”, explicou o secretário de Obras.
Com assessoria