Desde o início da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, 119 cidadãos de 26 países foram impedidos, nos aeroportos e postos de imigração na fronteira seca, de ingressar no território brasileiro, informou a Polícia Federal (PF). Os Estados Unidos e a Argentina aparecem no topo da lista, com 35 e 26 pessoas, respectivamente, seguidos pela Nigéria, com 19. Todos os argentinos fazem parte do grupo barrabravas, considerado perigoso pela polícia argentina.
Segundo o coordenador-geral de Cooperação Internacional da PF, delegado Luiz Cravo Dórea, as principais causas para o impedimento da entrada desses estrangeiros foram documentação falsa, perfil inadequado ao país e casos de violência. “Por exemplo, um passageiro que não mostra condições financeiras de permanecer no país, que não dá informações seguras sobre seu local de estada no Brasil e respostas que não condizem com os reais objetivos dessa estada”.
Dórea informou que a lista de torcedores que tiveram os perfis avaliados pela Polícia Federal e julgados inconvenientes para ingressar no Brasil ultrapassa 2,8 mil nomes. “Temos aqui 37 países, mais três organismos internacionais trabalhando juntos em prol da Copa do Mundo que, sob a nossa perspectiva, é considerada uma das mais seguras que já houve, graças à cooperação internacional”, disse o delegado. Ele apresentou hoje o Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), na sede da PF em Brasília, ao ministro da Administração Interna de Portugal, Miguel Macedo.
Além dos impedidos de entrar no Brasil, 60 chilenos, dos 85 que invadiram o Centro de Mídia do Estádio do Maracanã, deixaram o país até esta manhã. Dois torcedores argentinos, chamados de barrabravas, foram autuados no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, após serem reconhecidos por policiais da equipe móvel do CCPI.
Por conta da proximidade entre Buenos Aires e Porto Alegre, onde a seleção argentina joga hoje contra a Nigéria, o delegado Dórea disse que houve reforço de todas as polícias (Federal, Civil e Militar) na capital gaúcha. “Estamos tendo uma atenção especial com relação a esse jogo. Estamos monitorando também as redes sociais e atentos a qualquer ato de hostilidade”.
Por Agência Brasil