Na manhã de quarta-feira, 4, aconteceu a reunião da Comissão de Inquérito que investiga a saúde em Foz do Iguaçu. Neste primeiro encontro, o depoimento foi do Diretor da 9ª Regional de Saúde, Ademir Ferreira.
O depoente foi convocado para prestar esclarecimento, com relação ao relatório de uma auditória que a 9ª regional realizou no hospital municipal, em Fevereiro deste ano. O relatório foi a pedido do Ministério Público.
Ferreira explicou que o relatório se ateve às requisições do MP quanto aos problemas de gestão na unidade de saúde. “Nós fizemos a auditoria com uma equipe de advogados e médicos, para a averiguação e para isso fizemos uma comparação com um Hospital de Francisco Beltrão. Assim, questionamos parâmetros quantitativos. É claro que existem diferenças entre as cidades, mas quando se fala na parte médica é passível de comparação.”
Quando questionado pelo Vereador Nilton Bobato ( Pc do B ), membro da CPI, se houve investigação sobre o valor da refeição no HM (que era de R$12,00) e o salário pago a funcionários terceirizados, Ademir Ferreira, afirmou: “Nós fizemos uma comparação com a unidade de Beltrão, tomando por base o gasto com insumos e mão de obra e chegamos a um valor de refeição de R$ 6,00. Já, sobre o pagamento dos funcionários, nós tivemos acesso aos holerites dos profissionais terceirizados, fizemos uma projeção dos custos, considerando encargos sociais e observamos algumas divergências”.
Para o Diretor da 9ª regional, a OS Pró Saúde era legal juridicamente, mas aconteceram algumas mudanças de gestão durante a vigência do contrato que prejudicaram o bom funcionamento. “Entendo que a gestão atual agiu da forma correta, foi uma decisão coletiva. Mas, eu digo que desde à criação do Hospital ele deveria ter sido repensado se seria do município ou não, tudo isso gera uma insegurança, tanto da gestão, quanto dos órgãos fiscalizadores”.
A próxima reunião da CPI ficou agendada para o próximo dia 18 de Junho, com início às 9h, com depoimento do então Diretor Financeiro da Fundação Municipal de Saúde, Alexei Santos e em seguida de dois funcionários do setor de compras do HM.