Dante Quadra
A estrutura da Polícia federal do Brasil foi colocada à disposição das autoridades paraguaias, para ajudar nas investigações do sequestro do adolescente Arlan Fick, 16 anos, filho do brasileiro Alcido Fick, proprietário de terras no Paraguai. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil – Itamaraty – informou por meio da assessoria que acompanha o caso.
Arlan foi sequestrado no departamento de Concepción, a 550 quilômetros de Cidade do Lste, por membros do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio – EPP – que atua no norte do país. O garoto foi feito refém durante uma ação do EPP no dia 2 de abril, quando guerrilheiros invadiram a propriedade do brasiguaio em busca de alimentos. Durante a ação dois membros da guerrilha e um militar paraguaio foram mortos.
Alcido Fick disse à imprensa paraguaia que pagou um resgate no valor de US$ 500 mil logo após o sequestro, além de US$ 50 mil em mantimentos, mas o adolescente não foi libertado. A polícia do Paraguai informou que não sabia do pagamento do resgate.
Nesta segunda-feira (26) o Jornal ABC Color, de Assunção, relatou que existem muitas versões sobre o caso, mas poucas são reais. O fato é que não se tem notícias sobre o sequestro, a família não recebeu nenhuma prova de vida de Arlan e já estão desesperados.
“As forças de segurança falam muito, mas até o momento oferecem pouco. Todos falam sobre o assunto, menos o EPP que tem a Arlan. A uma semana de cumprir dois meses do cativeiro de Arlan, tudo é muito escuro e as versões divulgadas sobre o caso são de pouca confiança”, escreveu a imprensa vizinha.
Uma página no Facebook foi criada para acompanhar notícias sobre o desaparecimento do filho do brasileiro, que já conta com 1060 seguidores.