Há 42 dias o Paraguai se mobiliza para que o jovem Arlan Fick, de 16 anos, seja libertado pelo Exército do Povo Paraguaio – o grupo terrorista EPP. O garoto foi sequestrado no dia 2 de abril na Colônia Paso Tuyá, na cidade de Concepción, a 550 quilômetros de Cidade do Leste, durante um tiroteio entre integrantes do EPP e policiais. Arlan foi pego de refém durante a troca de tiros, que deixou dois terroristas mortos e um agente das Forças Armadas.
O Serviço Paz e Justiça do Paraguai emitiu nesta quinta-feira uma nota de repúdio de condenação ao sequestro, exigindo a imediata liberação do jovem. “Fazemos um chamado às autoridades governamentais para a garantia dos direitos humanos”, disse a Organização Não Governamental. O pedido de libertação também aconteceu pela população durante os desfiles de Independência nas principais cidades do país.
O jovem é o filho do brasileiro Alcides Fick, brasiguaio, proprietário de terras no Paraguai. Os moradores da Colônia Paso Tuyá já haviam alertado formalmente o Ministério do interior sobre os roubos na área antes do sequestro de Arlan, em Março. O pai do jovem foi uma das primeiras vítimas dos assaltos em estâncias. No dia 11 de março foi enviada uma carta ao Ministério aonde alertaram sobre os constantes roubos a domicilio, negócios e estâncias. Ao mesmo tempo pediram maior proteção.
O grupo armado pediu logo após o sequestro um resgate de 50 mil dólares em alimentos. Os mantimentos foram enviados, mas o garoto não foi libertado. O presidente Horácio Cartes disse que entende a dor dos pais de Arlam e pediu que o fim do sequestro.