Dante Quadra
A expectativa durante a sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (6) era a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar gastos e contratos da Fundação Municipal de Saúde, administradora do Hospital Municipal da Foz do Iguaçu. Segundo o vereador Nilton Bobato, apenas dois vereadores aceitaram assinar o pedido, Anice Gazzaoui (PT) e Gessani da Silva (PP). Para protocolar o pedido de CPI, é preciso o número mínimo de cinco assinaturas.
“Achamos fundamental que seja implantada uma comissão parlamentar de inquérito exclusiva. Não acredito em comissão onde se investiga tudo, que na verdade não se investiga nada. É impossível as pessoas continuarem achando que vão fazer o que quiser com o dinheiro público e não vai acontecer nada. A direção do hospital veio aqui durante meses dar ordens a essa Casa de Leis”, disse Bobato.
O líder do governo na Câmara, Hermógenes de Oliveira (PMDB), disse que uma Comissão Especial (CE) já está aberta no legislativo, que poderá ser ampliada. Ainda segundo Hermôgenes, não existe pressão por parte do prefeito Reni Pereira para que a CPI não seja instalada, pelo contrário, o prefeito pediu para que haja uma investigação sobre tudo.
Nilton Bobato informou que o pedido de protocolo continuará aberto, para os vereadores que pediram tempo para pensar. “Precisamos concluir como é que se chegou a essa situação. Ontem o próprio prefeito vai ao Hospital anunciar que os mesmos diretores continuam no hospital. O ex-diretor está trabalhando com médico”, disse.