Os 18 colégios agrícolas e um colégio florestal do Paraná terão nova propostas pedagógicas para os próximos anos. A iniciativa para modernização do ensino partiu dos próprios diretores das escolas e foi acatada pelo secretário de Estado da Educação, Paulo Schmidt.
Os diretores querem atualizar o modelo da fazenda-escola, que segue padrões e metodologia pedagógica da década de 1970. “Esses gestores têm toda razão. A agroindústria e a agricultura paranaense passaram por uma grande transformação nos últimos 40 anos e os estudantes dos colégios agrícolas precisam ter formação compatível com a realidade atual”, disse Schmidt.
A maioria dos alunos dos colégios agrícolas é filho de produtor rural que busca conhecimentos e novas técnicas que possam ser desenvolvidas nas propriedades familiares. “O Paraná tem forte tradição agrícola e o estudante dessa área técnica precisa acompanhar o crescimento do Estado com novas pesquisas e novas tecnologias”, explica a diretora do Departamento de Educação e Trabalho da Secretaria, Fabiana Campos.
A atualização do modelo pedagógico dos colégios agrícolas também acompanha a modernização feita nos laboratórios das escolas. Nos últimos três anos a Secretaria da Educação, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, equipou os laboratórios dos cursos técnicos, como para agroindústria do leite, da carne e de vegetais.
Foram enviados também livros específicos para as disciplinas técnicas. Inicialmente, sete colégios agrícolas receberam tratores, carretas, arados e grades.
OBRAS – No Colégio Agrícola da Lapa e no Colégio Florestal de Irati foram construídos novos alojamentos para os estudantes. Já foram licitadas reformas em mais sete colégios agrícolas, nos municípios de Rio Negro, Palotina, Apucarana, Clevelândia, Arapoti e Santa Mariana. No município de Francisco Beltrão, o colégio agrícola vai receber um prédio totalmente novo.
FUNCIONAMENTO – Todo ano são disponibilizadas vagas para alunos e internos. Existem duas modalidades de formação: o integrado, para alunos que concluíram o 9º ano, que une as disciplinas básicas do ensino médio mais as específicas de caráter profissionalizante, com duração de três anos; e os cursos subsequentes para aqueles que já concluíram o ensino médio.
Cada colégio tem uma característica própria e atende uma demanda regional. O aluno deixa a escola com uma formação técnica na área agrícola, como agropecuária, fruticultura, agronegócio ou agroecologia.
AEN