Apesar de estarem associados, principalmente durante a Páscoa, esses símbolos nada têm a ver um com o outro. O coelho não bota ovo. Os coelhos pertencem à família dos leporídeos (que pertencem à ordem dos mamíferos lagomorfos, quer dizer “forma de lebre”). Os leporídeos se reproduzem da mesma forma que os cachorros, gatos e humanos. A fêmea do coelho dá a luz até quatro vezes por ano e, em média, têm quatro ou cinco filhotes por ninhada. Dada a grande prole, o coelho é considerado um símbolo de fertilidade, fartura, fecundidade. Por isso, foi incorporado ao significado da Páscoa, como uma época de abundância.
Já o ovo foi se tornando um símbolo dessa época por representar nascimento, começo da vida, renovação. Nas culturas pagãs, era dado de presente aos amigos como desejo de boa sorte. Os chineses começaram a tradição de pintar ovos de galinha. O costume foi absorvido pelos cristãos primitivos do oriente, que passaram a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição. Com o passar do tempo, os ovos de galinha foram sendo substituídos por chocolate para agradar as crianças!
A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães do século XVIII. Os pais contavam às crianças que o coelho é quem trazia os ovos. A explicação dada por lá é de que havia uma lenda que dizia que uma mulher muito pobre pintou alguns ovos e escondeu para entregar aos filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Elas disseram que foi o coelho que tinha trazido os ovos e essa ideia se espalhou pelo país.
Curiosidade: Só há duas espécies de mamíferos que botam ovos: os ornitorrincos e as equidnas. No reino animal, eles pertencem à ordem monotremata. As duas espécies podem ser encontradas na Austrália e Nova Guiné.
Agência Brasil