Por Daryanne Cintra
Alunos da rede estadual de ensino de todo o Paraná deverão ficar sem aula a partir do próximo dia 23, quarta-feira. A Associação dos Professores do Paraná anunciou greve em todo o Estado, em prol das solicitações feitas ao Governo que ainda não foram atendidas. As revindicações são várias, porém entre elas se destaca a discussão sobre a hora-atividade dos professores. A greve será marcada com manifesto em frente ao Palácio Iguaçu em Curitiba.
A reportagem da Rádio Cultura conversou com a diretora do Núcleo Regional de Ensino em Foz, Ivone Muller, para saber qual é o real problema relacionado à hora-atividade. “A lei que instituiu o que nós entendemos como hora atividade foi a 11.738, de 2008, que instituiu o piso nacional de salários. Entretanto essa mesma lei fala de 40 horas de trabalho semanais, e é ai que está tendo problema. Uma hora tem 60 minutos e na verdade nosso trabalho, enquanto professor, de uma aula tem duração de 50 minutos. Ou seja, hoje o professor trabalha 14 aulas de 50 minutos em sala e ele tem o restante considerado de hora atividade”, explicou.
Ainda conforme disse Ivone, a torcida é para que a greve não aconteça. “Esperamos resolver tudo isso sem que a greve se concretize, até porque sabemos que o prejuízo maior fica para o aluno que acaba perdendo o calendário escolar”. Mas em contrapartida, em nota publicada no site a APP, o sindicato afirmou que “a mobilização começará forte já no primeiro dia, dia 23, em mais uma greve histórica para a educação do Paraná”.
Assessoria de imprensa do Estado informou que o Secretaria de Educação, dirigira por Paulo Schmidt pretende negociar as reivindicações da categoria, a fim de que a greve não aconteça.