Mônica Nasser
O I Seminário do Corredor da Biodiversidade do Rio Paraná, que teve início nesta segunda-feira, 31, vai até quarta-feira, 02, e prevê a apresentação do projeto criador da rede gestora, Corredor da Biodiversidade, com os seus resultados. “O Corredor da Biodiversidade é a possibilidade de intuições trabalharem juntas na conservação da biodiversidade.Nossa região é rica em produtividade, como a agrícola e recursos naturais e a conservação desses recursos é o motivo de trabalharmos juntos”, ressaltou, Veridiana Pereira, engenheira ambiental.
O evento é uma parceria de instituições que trabalhem com gestão territorial, meio-ambiente e biodiversidade e acontece pela primeira vez, em Foz do Iguaçu. A promoção é da Itaipu Binacional/Programa Cultivando Água Boa, Parque Nacional do Iguaçu, ONGs como, Mater Natura, o IAP- Instituto Ambiental do Paraná, universidades federais e parceiros. “É o primeiro seminário que congrega essas intuições com alguma atividade na conservação ambiental”, concluiu Veridiana.
O Corredor de Biodiversidade busca interligar áreas naturais governamentais e privadas que acabaram isoladas com a destruição das florestas originais na região da fronteira comum a Brasil, Paraguai e Argentina.
Um projeto ousado, iniciado em 2003 e que começa a se tornar realidade, o Corredor de Biodiversidade vai permitir a dispersão dos genes de flora e fauna.
O primeiro passo para a implantação do Corredor da Biodiversidade foi reconstituir a ligação verde entre a faixa de proteção do reservatório da Itaipu e o Parque Nacional do Iguaçu, nos municípios de Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu.
Esta conexão leva o nome de uma das fazendas pelas quais passa o projeto, Santa Maria. A participação de proprietários rurais é fundamental para o sucesso do projeto.
O processo de estabelecimento do Corredor de Biodiversidade Santa Maria compreende a recuperação das matas ciliares, bem como o saneamento ambiental das propriedades ao redor.
Os trabalhos tiveram início com a construção de cercas de divisa e a recuperação florestal, com o plantio de mudas nativas da região.
Está também em curso o monitoramento do Corredor de Biodiversidade, incluindo projetos de levantamento fitossociológico, mastofaunístico, herpetológico, da fauna alada, da ictiofauna e da qualidade da água dos rios da região.
No Brasil, o Corredor de Biodiversidade abrange as áreas das bacias dos rios Paraná e Iguaçu, compreendendo a Bacia do Rio Paraná III, os parques nacionais da Ilha Grande e do Iguaçu, o Parque Estadual do Turvo (RS), a Área de Proteção Ambiental Federal das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná e o Parque Estadual do Morro do Diabo (SP).
O Corredor de Biodiversidade abrange ainda unidades de conservação no Paraguai (Museu Bertoni) e na província argentina de Missiones, além do Parque Nacional del Iguazú.
São parceiros da Itaipu no Corredor de Biodiversidade Santa Maria: Instituto Ambiental do Paraná (IAP); Ibama/Parque Nacional do Iguaçu; as prefeituras de Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu; Fazenda Santa Maria; Ministério Público Estadual; Rodovia das Cataratas S.A.; Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater); Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de Cascavel; instituições de ensino e pesquisa; e Organizações Não-Governamentais. ( Com informações Itaipu Binacional)