Começa no dia 22 de abril a Campanha de Vacinação contra a gripe em todo o Paraná. Neste ano, o grupo das crianças foi ampliado e abrange também as que têm entre 2 e 5 anos incompletos. Antes, apenas as crianças de seis meses a menores de dois anos recebiam a vacina.
Outros grupos contemplados nesta campanha são gestantes, mulheres em pós-parto até 45 dias(puérperas), indígenas, idosos, doentes crônicos, trabalhadores da área da saúde e população privada de liberdade. A expectativa é que 2.9 milhões de paranaenses sejam vacinados durante a campanha que termina no dia 9 de maio.
As doses da vacina estarão disponíveis em mais de 2,5 mil postos e unidades básicas de saúde do Paraná. “São 300 mil doses a mais neste ano para imunizar esta faixa etária entre 2 e 5 anos incompletos, que é mais suscetível a contrair a doença”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.
Ele informa que a vacinação deste novo grupo deve reduzir o número de internamentos e, consequentemente, de mortes pela doença. Em 2013, esta faixa-etária foi incluída ao término da campanha quando o Paraná recebeu doses extras por recomendação do Comitê de Infectologia do Paraná.
CLIMA – Devido às condições climáticas do estado, de inverno rigoroso, a campanha de vacinação foi adiantada para abril a pedido do Paraná. “Pedimos que a população contemplada procure as unidades de saúde já primeiros dias da campanha porque a vacina concede imunidade após 15 dias da aplicação”, enfatiza o superintendente.
O dia D de vacinação acontecerá no dia 26 de abril. “Vamos fazer uma grande mobilização neste dia com os municípios e queremos que a população participe”, destaca.
A vacina, que estará disponível na rede pública, protege contra os vírus mais circulantes no país (Influenzas A H1N1 e H3N2 e Influenza B), por isso todas as pessoas que se vacinaram no ano passado devem receber a dose novamente. A vacina é segura e só é contraindicada para pessoas que já apresentaram reações adversas em campanhas anteriores ou que tenham alergia a ovo.
CRÔNICOS – Neste ano deverão ser vacinados aproximadamente 640 mil doentes crônicos, estimativa feita a partir da campanha do ano passado. “A vacina para este grupo reduz consideravelmente o risco de agravamento do quadro, caso o doente contraia o vírus da gripe”, explica Paz.
Para receber a dose, o doente crônico deverá comprovar que tem direito à vacina apresentando prescrição médica de indicação da dose ou receita do medicamento de uso contínuo utilizado em seu tratamento. Caso o paciente não tenha nenhum desses documentos, a orientação é que ele vá à unidade onde recebe tratamento e solicite ao profissional de saúde que verifique seu cadastro nos programas de acompanhamento do Sistema Único de Saúde.
Trabalhadores de saúde receberão a vacina nos serviços de saúde onde atuam. A vacina será ofertada apenas para os profissionais que atendem pessoas com suspeita de gripe. Para este grupo, será exigido um documento assinado pelo médico responsável pelo serviço a que o trabalhador está vinculado.
GESTANTES – Neste ano, as gestantes não precisam comprovar a gravidez, basta que ela mesma diga que está grávida. Ela terá a garantia da vacina independente do período da gestação. Já as mães que deram à luz pelo menos 45 dias antes da vacinação terão que apresentar a certidão de nascimento do recém-nascido.
Para os demais grupos basta a apresentação de um documento de identidade e, se possível, a carteira de vacinação. “A carteira de vacinação é um documento e deve ser apresentado no momento da vacina. Caso não tenha o documento, solicite ao profissional de saúde e mantenha-o atualizado”, ressalta Sezifredo.
Como nas campanhas anteriores, a vacina será aplicada em uma única dose para todos os grupos, com exceção das crianças que nunca foram vacinadas, que receberão duas doses, sendo a segunda aplicação 30 dias após a primeira. “É importante que os pais coloquem em seu calendário esse retorno à unidade de saúde para a segunda dose da vacina”, reforça o superintendente.
Sezifredo enfatiza que os responsáveis têm o compromisso de levar as pessoas sem autonomia para receberem a vacina. “É essencial que as crianças, os idosos e os doentes crônicos sejam vacinados. Se houver dificuldade, seja no transporte ou no horário de vacinação, o responsável deve entrar em contato com a unidade de saúde mais próxima e expor a situação”, explica o coordenador do programa Estadual de Imunização, João Luis Crivellaro.
ATENDIMENTO – A melhor forma de se proteger da gripe é praticar hábitos saudáveis, como manter os ambientes arejados e higienizar as mãos, sempre que possível.
Além disso, as pessoas com suspeita de gripe devem procurar atendimento médico o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. “Não se automedique. Procure atendimento médico e só utilize o medicamento indicado. O antiviral oseltamivir (tamiflu), por exemplo, está disponível gratuitamente nas unidades de saúde e pode ser retirado a partir da receita médica”, explica Sezifredo Paz.
A Secretaria da Saúde fez a distribuição de 16 mil tratamentos de oseltamivir para unidades de saúde e hospitais de referência. Outros 5 mil tratamentos estão em estoque no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
NÚMEROS – No ano passado 2.6 milhões de paranaenses foram imunizados durante a campanha. Durante o ano de 2013 foram registrados 1,7 mil casos de gripe e 61 pessoas morrem em consequência da doença. Em 2009, ano da pandemia de gripe, foram registrados 68 mil casos de gripe no estado e 338 mortes.(AEN)