Reportagem e fotos: Dante Quadra
A greve geral iniciada por sindicalistas paraguaios nesta quarta-feira (26), parou Cidade do Leste, fechando lojas e deixando a população em casa. Grupos de taxistas, estudantes e funcionários públicos, se concentraram em dois pontos da capital do Alto Paraná, na cabeceira da aduana paraguaia da Ponte da Amizade e no viaduto de acesso a Hernandárias, na Ruta Internacional. O transporte público também foi paralisado. Homens do Exército e policiais acompanham as manifestações..
Compristas desavisados atravessaram a Ponte da Amizade e encontraram lojas fechadas. Não há filas para entrar ou sair do país vizinho, embora alguns pontos de Cidade do Leste estejam interditados por manifestantes. Os sindicalistas prometem permanecer na cabeceira da Ponte até às 16h.
Até o meio dia, os grevistas prometem se concentrar na aduana, onde pedirão o fim da Lei da Aliança Público-Privada, criada no ano passado pelo presidente Horácio Cartes. Estudantes vestem camisetas perguntando o que aconteceu em Curuguaty, onde em junho de 2012 invasões de terras causaram a morte de colonos e policiais. O massacre foi responsável pela destituição do ex-presidente Fernando Lugo.
Em Assunção, grevistas se concentraram na Praça da Democracia, no centro da capital e em seguida caminharam pelas ruas bandeiras e cartazes de protesto. Estima-se que 80% dos ônibus do transporte público estejam parados. O presidente Horácio Cartes pediu respeito aos que não querem fazer parte da greve e reconhecei reivindicações históricas.
“Nesta jornada de mobilização de organizações rurais e sindicalistas, espero, com sentido cívico, um exército responsável do direito a greve e de respeito a quem opta em não fazer parte”, disse Cartes logo pela manhã desta quarta-feira.