Na manhã desta terça-feira (25), na Cadeia Pública Laudemir Neves, ala feminina, o Conselho da Comunidade na Execução Penal de Foz do Iguaçu, em parceria com a Prefeitura Municipal de Foz, através das Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social, Patronato Penitenciário Municipal, Defensoria Pública do Estado do Paraná e Centro de Reintegração Social Feminino (CRESF), promoveu o 5º Mutirão da Solidariedade, com assistência Jurídica e exames de saúde, que vai até quinta-feira (27). Participaram da solenidade de abertura, a Secretária Municipal de Assistência Social, Família e Relações com a Comunidade Claudia Pereira, representantes da Polícia Militar e demais autoridades.
“Hoje nós temos uma ferramenta muito importante que vem de encontro com esse público, que é o Patronato, vem atender não só as egressas ou pessoas que estão no sistema prisional, mas as famílias dos egressos que também são assistidas, temos a oportunidade de participar desse mutirão que está sendo realizado, antes não era possível, porque o Patronato não existia, é uma ferramenta nova, o município avançou, e foi visionário em implementar em Foz”, disse a secretária. Claudia destacou ainda que “agora podemos trazer para essas mulheres essa oportunidade, e também uma luz no fim do túnel, porque esse trabalho do Patronato traz uma esperança, que quando elas saírem daqui ou estiverem cumprindo sua pena em liberdade, possam ter uma mudança em suas vidas”.
Quase a totalidade dessas mulheres estão presas pelo tráfico de drogas, 99%. São pessoas que muitas vezes nem tinham vocação para o ilícito, mas por falta de oportunidade ou objetivo firmado acabaram nessa situação.
A Secretaria de Assistência Social traz o Patronato, não é apenas um atendimento parcial, mas um atendimento efetivo, já que existem várias ferramentas para isso.
Segundo Luciane Ferreira – Presidente do Conselho da Comunidade, hoje a cadeia está com 260 detentas, “temos a necessidade de fazer esse mutirão, por não termos um ambulatório nessa unidade feminina. Hoje estamos buscando parcerias para essa realização, a secretaria de saúde e a 9ª Regional, estarão fazendo exames ginecológicos, coletando material, aferindo a pressão arterial, vacinas e exames de HIV rápido, são várias situações que precisam ser melhoradas aqui dentro, já tivemos uma unidade muito pior, hoje não está ruim, mas temos a necessidade de um ambulatório médico e odontológico, que hoje não temos”.
Ainda segundo Luciana, todas as mulheres grávidas detentas, são encaminhadas a unidade feminina de Piraquara, porque na cadeia em Foz não existe um berçário. “Estamos fazendo esse mutirão para acelerar os processos jurídicos e conseguir por muitas dessas mulheres em liberdade”, concluiu Luciane.
De acordo com o diretor técnico do patronato, Alexandre Calixto, “a maioria das mulheres que se encontra presa, é pelo crime de tráfico de drogas, são primárias, que acabaram ingressando nessa vida, ou para providenciar recursos para casa, ou acompanhando o seu marido. O Patronato está lá fora aguardando essas mulheres para apoiá-las na inserção social”.
Rubens Cabrera dos Santos, diretor da Cadeia Pública Laudemir Neves, e do Centro de Reintegração Feminino – CRESF, disse que o estado não consegue cobrir as deficiências da ala feminina, “esse mutirão vem ao encontro das necessidades que as mulheres enfrentam aqui na cadeia, a distância da família, falta de material e apoio a mulher dificulta tudo, neste trabalho todos estão fazendo um excelente trabalho”, concluiu o diretor.
Amanhã, quarta feira (26), acontece o Mutirão Jurídico – As atividades jurídicas serão realizadas pela Defensoria Pública do Estado do Paraná, juntamente com os advogados do Patronato Penitenciário Municipal. Serão ofertados os seguintes serviços: orientação jurídica para as presas que não tem advogado constituído e outras atividades.
Dia 27 de março (quinta-feira): Dia Cultura – 9:30h e às 15:30h – Cine Pipoca
14h – Apresentação Musical – Gustavo Wolf
16h -Entrega das estantes e livros arrecadados no Projeto Abra a Janela
As atividades culturais serão desenvolvidas dentro da Unidade, com os idealizadores do Projeto Abra a Janela, e com profissionais de pedagogia do Patronato Penitenciário Municipal e do CRESF.