Os quatro brasileiros torcedores do Atlético Mineiro, presos no Paraguai, foram transferidos na terça-feira (18) para a Penitenciária Regional de Cidade do Leste. Desde o dia 12 março, os torcedores estavam detidos da delegacia da Polícia Nacional, no centro da cidade, onde foram levados na noite do jogo entre Atlético-MG e Nacional, quando foram pegos portando cerca de 80 gramas de maconha comprados logo depois de atravessarem a Ponte da Amizade em um ônibus de excursão.
Welwerton Batista César, Brunno César Almeida de Moraes e Yuri Ramón Pereira de Oliveira,Rafael Santos Paixão estão em uma cela comum na penitenciaria, onde aguardam uma decisão da Justiça do Paraguai.
Rafael, responsável pela excursão, relatou nesta quarta-feira (19) à Rádio Cultura, que o mais temido aconteceu. “Na realidade o pior que a gente esperava aconteceu. Eles foram transferidos para a penitenciária. Eu estive lá com eles ontem, é um lugar bastante feio, o pessoal fica toda hora mexendo com a gente lá. Um deles foi agredido por um agente”, relatou.
Os torcedores foram transferidos à penitenciária para cumprir uma pena de três meses. Segundo Rafael, foi conseguido um acordo com a promotoria para que seja feito um laudo médico, com a possibilidade de serem soltos em seguida, mas o documento não chegou. O vice-cônsul brasileiro em Cidade do Leste acompanha o caso junto às autoridades vizinhas, além de uma advogada paraguaia.
“Eu conheço eles, erraram sim, mas são pessoas de bem. Estão com cara de pânico. Até a água que eu bebi num copinho de plástico tive que pagar. Tento tranqüilizar a família deles em Minas Gerais, o irmão de um deles já veio pra cá. Tem mais de uma semana que estou nessa luta, ouvindo que eles vão sair, mas nada”, desabafou Rafael.
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