A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta tarde, a substituição de seis ministros. As mudanças ocorrem nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, das Cidades, da Pesca e Aquicultura, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Turismo.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, atualmente ocupado por Pepe Vargas, será assumido pelo ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, que já ocupou a pasta no governo Lula. Petista desde a fundação do partido, Rossetto é formado em ciências sociais, participou da política sindical, foi deputado federal e vice-governador do Rio Grande do Sul.
Na pasta das Cidades, o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, substituirá o atual ministro Aguinaldo Ribeiro. Occhi é funcionário de carreira da Caixa, onde ocupa também Superintendência Nacional da Região Nordeste. Formado em Direito, o futuro ministro tem especialização em finanças e mercado financeiro e é integrante do Conselho Deliberativo Alagoas Sebrae.
Clelio Campolina Diniz, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será o novo titular da Ciência, Tecnologia e Inovação no lugar de Marco Antonio Raupp. Com perfil acadêmico, Diniz é doutor em ciência econômica e professor aposentado da UFMG. Formado em engenharia mecânica e em engenharia de operação, Diniz presidiu o Parque Tecnológico de Belo Horizonte e integrou o Conselho Técnico-Científico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) ocupará o Ministério da Pesca e Aquicultura, atualmente conduzido pelo senador Marcelo Crivella, também do PRB fluminense. Suplente de Crivella, Eduardo Lopes já foi deputado federal e é o atual líder o PRB no Senado. Ele é jornalista, trabalhou na Rede Record de Televisão e foi diretor-presidente do Jornal Folha Universal e da Editora Gráfica Universal.
Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura desde janeiro do ano passado, será o substituto de Antônio Andrade na pasta. Filiado recentemente ao PMDB, Geller foi deputado federal entre 2007 e 2011 pelo PP. Gaúcho da cidade de Selbach, o novo ministro estabeleceu-se. em 1984, como agricultor na região de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, e é um dos maiores produtores de grãos do país.
Para o lugar de Gastão Vieira no Ministério do Turismo, a presidenta anunciou o gerente de assessoria internacional do Serviço Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vinicius Nobre Lages. Ele está no Sebrae desde 2007, já foi membro do Conselho Nacional de Turismo e representante do órgão na Organização Mundial do Turismo. Lages é doutor em economia do desenvolvimento e coordenou o Programa Sebrae 2014, dedicado ao apoio e preparação de empresas para a Copa do Mundo deste ano. Mais cedo, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), tinha levantado a possibilidade de o atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, ir para o Turismo. Angelo Oswaldo é filiado ao PMDB mineiro.
Os novos ministros tomarão posse na próxima segunda-feira (17), às 10h. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), a presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação e o empenho dos seis ministros que estão saindo e disse que eles continuarão contando com seu apoio e confiança.
Esta é a segunda etapa da reforma ministerial, iniciada por Dilma há pouco mais de um mês. Gleisi Hoffmann, Alexandre Padilha e Helena Chagas saíram, respectivamente, da Casa Civil, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Secom). Aloizio Mercadante assumiu o lugar de Gleisi e foi substituído na Educação por José Henrique Paim. Já a pasta da Saúde foi ocupada por Arthur Chioro, e Thomas Traumann assumiu a Secom.
Os membros do primeiro escalão começaram a deixar seus cargos para se candidatar às eleições de outubro deste ano. No dia 5 de outubro, será realizado o primeiro turno das eleições para presidente da República e governadores dos estados, e serão eleitos senadores e deputados. Quem deseja participar do próximo pleito deve deixar seu posto até 5 de abril, segundo as regras do calendário eleitoral.
Agência Brasil