Os 139 municípios localizados na faixa de fronteira apresentaram uma queda de 23,7% no índice de homicídios em 2013, comparando-se com o mesmo período do ano anterior, segundo a Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria estadual da Segurança Pública.
Os dados foram apresentados na quarta-feira (26) durante a primeira reunião do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira (GGIFron) neste ano, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública, que ocorreu na sede do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado, em Foz do Iguaçu, região oeste do Estado. A reunião foi presidida pelo secretário da Segurança Pública em exercício, Walter Gonçalves.
Além dos homicídios, o índice de roubos também diminuiu na região. Em 2013, foram 5.253 ocorrências desse crime, e no ano anterior 6.077, uma redução de 13,55%. Com relação aos furtos, foi registrado um aumento de 1,08% (27.090 em 2013, contra 26.800 em 2012).
A redução de roubos de veículos naquela região, no período comparado, alcançou 23,43%. Ocorreram 250 roubos a menos em 2013, que teve um total de 817 ocorrências. O registro de furtos de veículos acompanhou a tendência: – 5,96% (2.570 em 2013 e 2.733 no ano anterior).
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Riad Farhat, a redução nos índices é reflexo do constante trabalho de investigação que ocorre de forma integrada entre as polícias Civil e Militar, além da Federal, Rodoviária Federal e o Exército. “Todo o trabalho em conjunto resultou em grandes apreensões de drogas, prisões de traficantes e homicidas. É um trabalho intenso da polícia, com apoio do governo estadual, que resultou nesta redução histórica. Vamos trabalhar para que essa tendência continue”, avalia.
Farhat reforça que o trabalho desempenhado na região de fronteira reflete em mais segurança para todo o País. “A quantidade de drogas que apreendemos na fronteira poderia abastecer o Paraná e o Brasil. As investigações da Polícia Civil são de suma importância não só para o Paraná, mas para o Brasil inteiro. Cada crack usado em Curitiba, por exemplo, provavelmente veio da fronteira”, diz ele.
TRÁFICO DE DROGAS E ARMAS APREENDIDAS – O cumprimento de mandados de prisão também teve um acréscimo de 32,7%no ano passado: 2.682 mandados foram cumpridos, 662 a mais que no ano anterior. Com relação às armas de fogo apreendidas, em 2012 foram 2.474 na região de fronteira, e em 2013, 1.927.
A repressão ao tráfico de drogas resultou em aumento das prisões e registros relacionados ao crime. De janeiro a dezembro de 2013 foram registradas 2.014 ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas, 31% a mais que em 2012, ano em que foram registradas 1.535. Relacionado ao contrabando, foram contabilizadas 54,7% ocorrências a mais em 2013 que em 2012, ano que registrou 725.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel César Vinicius Kogut, a apreensão de armas e contrabando é fundamental na área de fronteira, região que registra altos índices de criminalidade. “A redução é significativa e se deve à integração das polícias, às operações realizadas ao longo do ano e ao esforço do Governo do Estado em completar o efetivo, renovar frota de viatura e a implantação efetiva do Batalhão de Fronteira. É um apoio muito forte do governador Beto Richa a fim de que a polícia tenha condições de realizar um bom trabalho e os resultados são estes que estão sendo mostrados”, afirma.
O secretario-executivo do GGIFron, capitão PM Márcio Skovronski Serbai, ressalta que as reuniões são essenciais para combater o crime organizado na área de fronteira. “Nos encontros estamos discutindo vários assuntos que estão propiciando ações mais dinâmicas e mais frequentes que vem a melhorar a segurança pública”, diz. (AEN)